O dinheiro como metáfora ou a (não) metáfora do dinheiro em dois poemas de Jorge de Sena

Autores

  • Luis Maffei UFF

Palavras-chave:

Jorge de Sena. Dinheiro.Mar. Camões. Metáfora

Resumo

Tratar de dinheiro em poesia é deparar-se com um problema radical: como enfrentar tema tão extrapoético? Jorge de Sena o enfrenta, e tal lida configura uma exploração bastante tensa da me­táfora: ora a literalidade, ora os sentidos levados a altíssimos graus de ambivalência. Dois são os poe­mas que trazem para si mais diretamente o tema do dinheiro: “Ode aos livros que não posso comprar” e “ ‘Tudo é tão caro!’ ”. No primeiro, fica mais clara a presença do pensamento marxista, muito influente sobretudo no Jorge de Sena inicial. No segundo, de construção peculiarmente sofisticada, são notáveis alguns sutis intertextos com Camões, poeta que muitas vezes se presentifica ao fundo da lírica seniana.

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Biografia do Autor

Luis Maffei, UFF

É Professor de Literatura Portuguesa da Universidade Federal Fluminense. Como poeta, publicou A (Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2006) e Telefunken (Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2008/ Porto: Deriva, 2009). Coordena, para a editora Oficina Raquel, a série Portugal, 0, dedicada à novíssima literatura portuguesa, responsável pelas antologias brasileiras das obras de Manuel de Freitas, Rui Pires Cabral, Luís Quintais e Pedro Eiras. Tem textos publi­cados em diversos periódicos de literatura, como as revistas Metamorfoses, Relâmpago e Telhados de vidro.

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Publicado

2009-06-30

Como Citar

Maffei, L. (2009). O dinheiro como metáfora ou a (não) metáfora do dinheiro em dois poemas de Jorge de Sena. Gragoatá, 14(26). Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33129