Arranjos referenciais de tempo em textos de pré-universitários: letramento e oralidade
Palavras-chave:
Escrita. Tempo. Temporalidade. Letramento. OralidadeResumo
Este trabalho investiga, de uma perspectiva discursiva, os arranjos temporais que dão forma ao esquema textual em redações produzidas por alunos egressos do ensino médio. A situação de produção dos textos é a de avaliação, mais precisamente, de exame para ingresso na Universidade de São Paulo e o material analisado consta de dissertações dos vestibulares 2006 (270 textos) e 2007 (100 textos). Investiga-se o uso de determinadas expressões de tempo: advérbios e expressões adverbiais de tempo, bem como certos sintagmas, cujos elementos indicam o andamento do tempo. Incluem-se, por exemplo, o sintagma “cada vez”, acompanhado das partículas adverbial-argumentativas “mais” ou “menos”, ou sintagmas do tipo “meios modernos”, em que o adjetivo impõe uma referência temporal. São, também, consideradas expressões de tempo com o verbo “haver” e “fazer”. Do ponto de vista teórico, adota-se uma noção de texto que permite observar a relação entre as marcas pragmático-enunciativas do tempo lingüístico e seu modo histórico-discursivo de apresentação, a saber, o modo das temporalidades ligadas às diferentes e variadas escansões do tempo no interior de uma mesma sociedade. Chega-se a dois resultados: o primeiro refere-se à escolha do tipo mais freqüente de arranjo, com remissão a um tempo remoto, a um tempo intermediário e a um tempo presente; o segundo tem relação com a escolha do segundo tipo mais freqüente de arranjo temporal do texto, em que o caráter definitório do texto vem combinado com o testemunho de uma experiência vivida/narrada sobre o tema.
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