Ideograma e pensamento selvagem: a arte e a ciência do yãmîy maxakali

Autores

  • Charles Bicalho FAFIDIA

Palavras-chave:

Ideograma. Pensamento selvagem. Maxakali. Literatura

Resumo

Este artigo aborda um gênero de poesia tradicionalmente oral dos índios Maxakali de Minas Gerais. Apresenta a transcriação, nos padrões estabelecidos por Haroldo de Campos, como proposta de tradução dos cantos-poemas indígenas da língua maxakali para a língua portuguesa. Sugere que tais cantos-poemas, ou yãmîys, como são chamados na língua maxakali, apresentam um método ideogrâmico de composição no que tange à teoria do ideograma segundo Ezra Pound, e posteriormente também desenvolvida por Haroldo de Campos. Compara o yãmîy a um gênero, também tradicionalmente oral, de poesia africana, estudado e transcriado por Antônio Risério: o oriki. E, por fim, realiza uma interseção entre a Teoria Literária e a Antropologia, mais especificamente o conceito de pensamento selvagem de Lévi-Strauss, com vistas a reconhecer também o caráter científico imbricado neste tipo de texto.

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Biografia do Autor

Charles Bicalho, FAFIDIA

 

Possui graduação em Letras em língua portuguesa (1997) e língua alemã (2000) pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestrado em Master Of Arts - University of New México (2004), EUA. Atualmente, faz doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais. Presta consultoria para a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e é professor de graduação licenciado da Faculdade de Filosofia e Letras de Diamantina - FAFIDIA. Atua principalmente nos seguintes temas: Literatura Indígena, Poética, índios de Minas Gerais, Teoria Literária, Literatura Brasileira e Cinema.

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Publicado

2007-12-30

Como Citar

Bicalho, C. (2007). Ideograma e pensamento selvagem: a arte e a ciência do yãmîy maxakali. Gragoatá, 12(23). Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33184

Edição

Seção

Artigos de Linguagem