O SONHADOR E O INTÉRPRETE

Autores

  • Vera Lúcia Follain de Figueiredo PUC-Rio

Palavras-chave:

ficção, cinema, literatura, interpretação.

Resumo

O ensaio consiste numa reflexão sobre o imaginário policial na ficção cinematográfica e literária contemporânea, na qual a figura do investigador, com frequência, se confunde com a do paranoico que inventa, numa lógica persecutória, explicações para tudo. Quando já não mais se crê na capacidade do homem de conhecer objetivamente a realidade, como distinguir o discurso articulado pelo detetive, ao explicar como chegou aos resultados da investigação, do discurso explanatório do paranoico? A vida prosaica das grandes cidades, nas quais até a violência faz parte da rotina, não favorece o clima de mistério e tende a desqualificar os enigmas. No entanto, a ameaça constante do crime, que paira no ar como um fantasma, evocado, inclusive, pelas máquinas de vigilância, povoa o imaginário do cidadão, abrindo espaço para a retomada em grande escala da ficção policial.

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Biografia do Autor

Vera Lúcia Follain de Figueiredo, PUC-Rio

Doutora em Letras e pesquisadora do CNPq, é professora associada do Departamento de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É autora, entre outros trabalhos, de Da profecia ao labirinto: imagens da história na ficção latino-americana contemporânea (Rio de Janeiro: Imago: Eduerj, 1994) e Os crimes do texto: Rubem Fonseca e a ficção contemporânea (Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003), sendo ainda organizadora do volume Mídia e educação (Rio de Janeiro: Gryphus, 2000).

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Publicado

2004-07-07

Como Citar

Figueiredo, V. L. F. de. (2004). O SONHADOR E O INTÉRPRETE. Gragoatá, 9(16). Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33339

Edição

Seção

Artigos de Linguagem