Democracia, totalitarismo e analfabetismo em 'O leitor', de Bernhard Schlink

Autores

  • Luis Junior Costa Saraiva Universidade Federal do Pará
  • Elanir França Carvalho Universidade Federal do Pará
  • Raquel da Silva Lopes Universidade Federal do Pará
  • César Martins de Souza Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i45.33573

Palavras-chave:

Bernhard Schlink, Segunda Guerra Mundial, analfabetismo, nazismo.

Resumo

A literatura possibilita dialogar sobre momentos importantes da História, trazendo as memórias, os diálogos e o olhar de protagonistas e de outras pessoas que vivenciaram o período. Os anos entre as duas Guerras Mundiais, bem como os massacres perpetrados durante a Segunda Guerra Mundial, são tema de diversas obras de ficção que propõem refletir sobre um período em que pessoas eram colocadas como servidores de um estado totalitário em detrimento dos direitos coletivos e da cidadania. Em O Leitor, Hanna toma decisões que muitas vezes parecem prejudicá-la, na busca por ocultar um grande segredo: não ser alfabetizada. A vergonha de ser analfabeta é tão forte que Hanna renuncia à ascensão profissional optando por ser vista como carrasco nazista para não ter seu segredo revelado. A obra de Bernhard Schlink nos permite descortinar as memórias de um momento da História em que as pessoas foram transformadas em peças de um Estado, agindo não como sujeitos autônomos, com valores ético-morais, mas supostamente em nome de um bem coletivo maior, que seria a construção de uma nação forte.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n45a1060.

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Biografia do Autor

Luis Junior Costa Saraiva, Universidade Federal do Pará

Doutor em Ciências Sociais – Antropologia Social e Cultural pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), Mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Coordenador do Programa de Pós-graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA).

Elanir França Carvalho, Universidade Federal do Pará

Possui doutorado e mestrado em Letras - Área de Literatura Brasileira e Área de Teoria Literária e Literatura Comparada, respectivamente, pela Universidade de São Paulo; Especialização em Educação e Licenciatura em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Foi pesquisadora na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) pelo Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), FUNDECT/CNPq, entre os anos 2013-2015. Atualmente, é professora (DE) na Universidade Federal do Pará (UFPA)

Raquel da Silva Lopes, Universidade Federal do Pará

Licenciada em Letras/Português, Mestre em Linguística e Doutora em Ciências Sociais/Antropologia. Atualmente é professora adjunta da Faculdade de Etnodiversidade da Universidade Federal do Pará/Campus de Altamira. Há mais de dez anos realiza pesquisa sobre alfabetização, escrita e leitura em comunidades rurais na Transamazônica e Xingu.

César Martins de Souza, Universidade Federal do Pará

Doutor e Pós-doutor em História pela Universidade Federal Fluminense, Professor do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes de Amazônia e do Campus de Altamira da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Publicado

2018-04-30

Como Citar

Saraiva, L. J. C., Carvalho, E. F., Lopes, R. da S., & Martins de Souza, C. (2018). Democracia, totalitarismo e analfabetismo em ’O leitor’, de Bernhard Schlink. Gragoatá, 23(45), 230-250. https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i45.33573

Edição

Seção

Artigos de Literatura