A Estrutura Argumental Preferida de Cláusulas Hipotáticas Circunstanciais Temporais 'desgarradas' em 'memes quando'

Autores

  • Sávio André de Souza Cavalcante Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Violeta Virgínia Rodrigues Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33588

Palavras-chave:

Cláusulas Hipotáticas Circunstanciais Temporais. Cláusulas desgarradas. Memes quando. Estrutura Argumental Preferida (EAP).

Resumo

Objetivamos analisar a Estrutura Argumental Preferida - EAP (DU BOIS, 1987) de Cláusulas Hipotáticas Circunstanciais Temporais desgarradas em memes quando, coletadas no site de pesquisa Google e na rede social Instagram. Adotamos os seguintes procedimentos metodológicos: coletamos 100 orações, dividimos de acordo com o tipo de verbo (verbos de dois argumentos (V2), verbos existenciais de um argumento (V1e) e verbos não existenciais de um argumento (V1~e)) e codificamos conforme as variáveis tempo e modo verbais; ordem dos constituintes; tipo semântico e sintático do verbo; manifestação, posição e estatuto informacional do sujeito de verbos transitivos e intransitivos e do objeto de verbos transitivos. Os resultados apontaram para os seguintes traços gerais: ordenação SV(O) e presença de verbos de estado ou ação (com tendência mais forte para o último tipo) no Presente do Indicativo. Em relação às tipologias verbais, foram detectados os seguintes traços, que confirmam parcialmente a EAP: Sujeito de V2 = [pronominal, pré, dado]; Objeto de V2 = [lexical, pós, novo]; Sujeito de V1e = [lexical/pronominal, pré, dado/novo]; Sujeito de V1~e = [lexical/pronominal, pré, novo]. Verificamos que essas construções constituem um tipo especial no que se refere à manifestação do sujeito. Logo, entendemos que, nessas construções, verbos V2 tendem a apresentar participantes da interação, pronominalizados e dados; já V1e e V1~e tendem a focalizar participantes da interação ou externos a ela (pronominais ou lexicais, dados ou novos), ainda que V1~e tenha maior tendência em apresentar sujeitos novos. Além disso, constatamos a frequência das cláusulas desgarradas em memes.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n46a1124


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Biografia do Autor

Sávio André de Souza Cavalcante, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutorando e mestre em Línguística (PPGL/UFC). Professor/tutor do Instituto UFC Virtual / Universidade Aberta do Brasil, nos cursos de graduação a distância em Letras-Português e Letras-Espanhol. Desenvolve pesquisas acerca de articulação de orações em Português e Espanhol sob perspectiva funcionalista.

Violeta Virgínia Rodrigues, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da UFRJ, onde desenvolve o Projeto CLÁUSULAS HIPOTÁTICAS: INTERFACE SINTAXE & PROSÓDIA (temas: (i) Processos sintáticos – Subordinação, Hipotaxe, Coordenação, Correlação, Justaposição; (ii) Gramaticalização de conjunções; (iii) "Desgarramento" de cláusulas hipotáticas).

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Publicado

2018-08-30

Como Citar

Cavalcante, S. A. de S., & Rodrigues, V. V. (2018). A Estrutura Argumental Preferida de Cláusulas Hipotáticas Circunstanciais Temporais ’desgarradas’ em ’memes quando’. Gragoatá, 23(46), 518-543. https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33588

Edição

Seção

Artigos de Linguagem