A origem medieval da expressão 'língua materna': uma história contra a evidência de sentidos de um termo canônico na reflexão sobre a linguagem

Autores

  • Jose Edicarlos de Aquino Universidade Federal do Tocantins (UFT)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v24i48.33619

Palavras-chave:

Língua materna. Idade Média. Latim. Vernáculos.

Resumo

Neste artigo, realizamos um estudo histórico da emergência da expressão “língua materna” no Ocidente, de forma a questionar as evidências formadas em torno desse termo canônico na reflexão sobre a linguagem. Demonstramos assim que a expressão língua materna é uma invenção medieval, empregada inicialmente em latim, nos textos da Igreja, como forma de contrapor essa língua aos vernáculos emergentes. Argumentando que essa expressão não se explica pura e simplesmente pela figura da mulher, mas corresponde primeiramente a certas configurações sociopolíticas na história, mostramos que os primeiros registros da expressão “língua materna” apontam problemas peculiares da sociedade medieval e as questões linguísticas implicadas.

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Biografia do Autor

Jose Edicarlos de Aquino, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Professor efetivo no curso de Letras da Universidade Estadual do Tocantins - UFT. É graduado em Letras (Licenciatura plena - português) pela Universidade de Brasília - UnB. Tem mestrado e doutorado em Linguística, na área de História das Ideias Linguísticas, pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. É também portador de diploma de doutorado em Sciences du Langage pela Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3. Em seus projetos de pesquisa, estuda sobretudo os seguintes temas: história das ideias linguísticas, reflexão sobre a linguagem e as línguas no século XIX, história da língua portuguesa e das teorias linguísticas no Brasil, gramatização brasileira, obra de Júlio Ribeiro, conceito de língua materna.

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Publicado

2019-04-30

Como Citar

de Aquino, J. E. (2019). A origem medieval da expressão ’língua materna’: uma história contra a evidência de sentidos de um termo canônico na reflexão sobre a linguagem. Gragoatá, 24(48), 50-74. https://doi.org/10.22409/gragoata.v24i48.33619