A gênese das variantes da negação
Palavras-chave:
desenvolvimento da negação, interface entre variação, funcionalismo e aquisição, direcionalidade das variantes da negação no português brasileiroResumo
Este artigo enfoca a gênese e a variação da negação com base em corpora longitudinais, explorando possibilidades interpretativas da interação entre variação, aquisição e funcionalismo. Os resultados sugerem que o percurso evolutivo da negação procede da iconicidade para a abstração e ritualização, ao longo de um continuum em que se prevêem estágios intermédios. Os dados apontam, ainda, paralelismo entre desenvolvimento sócio-cognitivo e inscrição de papéis dialógicos: as marcas de materialidade do discurso do não, constituídas através de complexo jogo interativo entre cognição, socialização e linguagem, indiciam, por exemplo, conflitos de autoridade (recusa), problemas de estabelecimento de limites entre o eu e o outro (discordância), inabilidade sensório-motriz, cristalização de justificativas (não porque não), diferenças de pontos de vista (negação polêmica) e quebra de expectativas. A presente pesquisa também apresenta evidências adicionais para a discussão do problema da direcionalidade das variantes da negação no português brasileiro.
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