Lócus de enunciação e coletivo mexicano Batallones femeninos: cartografando uma pedagogia decolonial no Sul Global
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v26i56.49063Palavras-chave:
Decolonialidade. Pedagogia decolonial. Lócus de enunciação. Fronteira Norte. Feminismos.Resumo
Neste texto, a partir de uma perspectiva decolonial (BALLESTRIN, 2013; BERNARDINO-COSTA; MALDONADO Torres; grosfoguel 2019) e consoante com as epistemologias do Sul (SANTOS, 2019; 2010; 1995; MENESES, 2008), defendemos o lócus de enunciação (BERNARDINO-COSTA; GROSFOGUEL, 2016; FIGUEIREDO; GROSFOGUEL, 2010; GROSFOGUEL, 2006; 2010) como crucial para a definição de práticas e atitudes decoloniais. Neste sentido, argumentamos que o lócus de enunciação materializa uma práxis contrária à ordem hegemônica estabelecida, tornando-se um espaço de práticas e ações que impulsionam pedagogias decoloniais (WALSH, 2013; MOTA NETO; STRECK, 2019). Em primeiro lugar, apresentamos nosso entendimento acerca do lócus de enunciação, enfatizando-o como um espaço catalizador e potencializador de discursos e práticas de linguagem que reconfiguram o espaço enunciativo do Sul Global com reverberações sob a forma de práticas decoloniais. Posteriormente, tornamos mais visíveis as práticas de linguagem que se projetam desde o lócus enunciativo, particularizando o cenário da fronteira Norte do México e, em concreto, o coletivo Batallones Femeninos que, por meio de um conjunto de práticas de linguagem disseminadas em mídias diversas, fazem frente as múltiplas colonialidades do ser, poder e saber (QUIJANO, 2005).
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