Práticas decoloniais na plataforma educacional CGScholar: subjetificação, ecologia de saberes e o design de textos rizomáticos multimodais

Resumo

Na virada digital, em que o conhecimento é considerado ubíquo (COPE; KALANTZIS, 2009) e a aprendizagem fora da escola é permanente, quais conhecimentos a educação formal pode oferecer? Apesar da existência da infraestrutura digital há mais de três décadas, as instituições de ensino encontram-se despreparadas e desatualizadas para retomar o ensino em ambientes digitais de aprendizagem durante o isolamento social decorrente da pandemia da COVID-19. O artigo é uma narrativa de experiência na plataforma educacional CGScholar durante o ensino remoto, numa universidade pública, e reflete sobre a desconstrução de algumas das verdades da modernidade sobre sujeito, língua, texto, educação e cidadania, através de práticas decoloniais de subjetificação (BIESTA, 2020), da metodologia de ecologia de saberes (SANTOS, 2012) e de uma escrita multimodal rizomática (DELEUZE; GUATTARI, 1995). A pesquisa sobre esses gestos decoloniais no suporte digital não busca introduzir novas verdades através da glorificação da tecnologia como a única solução às mazelas que atormentam a educação pública, mas a possibilidade de transformar, através da escrita, os nossos saberes em relação às trocas possíveis numa plataforma educacional.