A linguagem como zona do não-ser na vida de pessoas negras no sul global

Autores

  • Gabriel Nascimento Universidade Federal do Sul da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.53299

Palavras-chave:

Frantz Fanon, Estudos linguísticos, Linguagem

Resumo

Este artigo objetiva analisar as contribuições do teórico negro Frantz Fanon para os estudos linguísticos de maneira a compreender em quais sentidos a linguagem pode figurar como zona do não-ser para pessoas negras. Para isso, elejo como objeto empírico a situação de professores negros de língua inglesa que são minorizados no ensino de línguas. Como professores negros são minoria entre colegas da área de língua inglesa, o racismo nessa área faz com que esses profissionais seja vistos como incapazes, confundidos com professores de história ou maltratados nos anos de formação docente. Isso também mostra o racismo linguístico que esses professores sofrem em sua atuação. Além de relatar esses dados, oriundos de pesquisa científica, este trabalho liga ferramentas analíticas e teóricas advindas do pensamento fanoniano como zona do não-ser ao racismo linguístico, ao linguicídio e à raciolinguística, posicionando, assim, um pensamento negro ao sul do sul global.

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Publicado

2023-01-12

Como Citar

Nascimento, G. (2023). A linguagem como zona do não-ser na vida de pessoas negras no sul global. Gragoatá, 28(60), e-53299. https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.53299