Na subjetivação pelo estado, onde está o sujeito?
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i62.57698.ptPalavras-chave:
Travestilidade, transexualidade, discurso jurídico, discurso jornalístico, subjetividadeResumo
Neste artigo, através de sequências discursivas extraídas de duas matérias publicadas nos portais Extra e G1, veículos de comunicação das Organizações Globo, analisamos, a partir dos pressupostos teóricos-metodológicos da análise de discurso pecheutiana, os efeitos de sentidos produzidos sobre os direitos de travestis e transexuais em condição de cárcere. No discurso jurídico, posto em circulação pelo discurso jornalístico, os lugares possíveis para os sujeitos transexuais/travestis são cristalizados: o fato de serem travestis antecede qualquer sentido que se possa produzir sobre ela/ele; o sexo a/o precede. O biológico prevalece causando um deslizamento do masculino para o feminino produzindo sentido de um entrelugar natural para estes sujeitos. As suas identidades são construídas pelo Estado quase que exclusivamente a partir dos sentidos naturais de criminalidades e prostituição, lugares sempre-já ocupados por esses sujeitos no discurso jornalístico/jurídico.
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