Uma explicação para o licenciamento de alguns adjetivos em duas posições atributivas em italiano
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i64.60678Palavras-chave:
posição de adjetivos atributivos em italiano, interface sintaxe- semântica, a gramática dos adjetivos graduáveis em línguas românicasResumo
Em línguas românicas, a posição canônica do adjetivo é a pós-nominal (Cinque, 1994). Observou-se, porém, que, embora a maioria dos adjetivos seja apenas pós-nominal em românicas, alguns poucos adjetivos aparecem somente como pré-nominais, e há um grupo, mais extenso, que pode vir antes ou depois do núcleo, com mudança de sentido (Gomes; Sudré, 2021). Apesar desses três padrões distribucionais, a cartografia (Cinque, 2010, 2014) propõe apenas duas fontes sintáticas: relativas reduzidas (associadas a adjetivos pós-nominais, de interpretação extensional) e projeções funcionais, que incluem todos os adjetivos pré-nominais e alguns pós-nominais, identificadas pela interpretação intensional. Propomos que aqueles adjetivos que são licenciados em italiano tanto antes quanto depois do núcleo nominal estão em uma projeção funcional, DegP (Corver 1991), e são comparativas implícitas. As diferentes interpretações (intensional e extensional) são fruto de diferenças no domínio de onde provém o parâmetro de comparação, e não de fontes sintáticas diversas. Portanto, propomos que nem a distribuição nem a interpretação de adjetivos em línguas românicas podem ser explicadas apenas com base na fonte sintática. Defendemos a necessidade de recorrer a um componente semântico. Adotamos a semântica de graus (Kennedy; McNally, 2005). Todos os adjetivos móveis (licenciados tanto na posição atributiva canônica quanto na outra) em um corpus do italiano passaram nos testes independentes como sendo adjetivos de grau
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