Ana das vozes
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i65.63652.ptPalavras-chave:
Amazônia, literatura e arte, culturas e civilizações andinas, perspectiva ocidental e discursos latino-americanosResumo
Para homenagear a pessoa e a pesquisadora ímpar Ana Pizarro, optamos por fazer uma leitura sincrônica das suas contribuições sobre Amazônia. Suas abordagens apresentam um olhar conhecido e, no mesmo momento, diferente sobre a região. O artigo aborda o tema a partir das três motivações da autora para se dedicar à região: o desconhecimento no Latino-americanismo, a relação do Chile com a região Pan-Amazônica e a questão das ‘nossas’ utopias e da estética ilustrada (literatura e arte). Os discursos sobre Amazônia apontam para particularidades da visão hispânica (Vale do Amazonas) e da lusófona (Bacia Amazônica) e assumem sempre determinadas situações no tempo histórico e no espaço geográfico. As próprias antigas culturas andinas buscavam o Paraíso, o El Dourado da Paz, e dada a complexa construção de Machu Picchu, podemos perceber que havia um ‘plano’ para penetrar na região amazônica. A perspectivação das abordagens de Ana Pizarro mantém viva a complexidade estrutural e semiótica dos acontecimentos históricos e ela é uma voz importante nesta direção de um novo olhar sobre a região. Livrar-se da perspectiva ocidental significa proferir um discurso diferente do pós-colonial e consistente com o atual denominado “decolonialidade”.
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