'Epistemic Disobedience': the de-colonial option and the meaning of identity in politics

Autores

  • Walter D. Mignolo Duke University, EUA

Palavras-chave:

opção descolonial, desobediência epistêmica, desobediência política

Resumo

Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política

O argumento deste artigo se baseia em duas teses interrelacionadas. A primeira tese, a identidade NA política (melhor do que política de identida­de), é um movimento necessário de pensamento e ação no sentido de romper as grades da moderna teoria política (na Europa desde Maquiavel), que é — mesmo que não se perceba — racista e patriarcal por negar o agenciamento político às pessoas classificadas como inferiores (em termos de gênero, raça, sexualidade, etc). A segunda tese se fundamenta no fato de que estas pessoas, consideradas inferiores, tiveram negado o agen­ciamento epistêmico pela mesma razão. Assim, toda mudança de descolonização política (não-racista, não heterossexualmente patriarcal) deve suscitar uma desobediência política e epistêmica. A desobediência civil pregada por Mahatma Gandi e Martin Luther King Jr. foram de fato grandes mudanças, porém, a desobediência civil sem deso­bediência epistêmica permanecerá presa em jogos controlados pela teoria política e pela economia política eurocêntricas. As duas teses são os pila­res da opção descolonial, que nos permite pensar em termos do diversificado espectro da esquerda marxista e, de outro lado, do diversificado espectro da esquerda descolonial.

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Artigo em inglês

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Biografia do Autor

Walter D. Mignolo, Duke University, EUA

Professor de Literatura na Duke University (Estados Unidos), fez seu Doutorado na Ecole des Hautes Etudes (Paris). Tem trabalhado sobre diferentes aspectos do mundo moderno/colonial explorando conceitos como  colonialidade global, geopolítica do conhecimento, transmodernidade, pensamento da margem. Suas mais recentes publicações incluem: The Idea of Latin America (2005), Writing Without Words: Alternative Literacies in Mesoamerica and the Andes, co-editado com Elizabeth H. Boone (1994), e The Darker Side of the Renaissance: Literacy, Territoriality, Colonization (1995) que ganhou o prêmio Katherine Singer Kovacs da Modern Languages Association. É também autor de Histórias locais/Projetos globais, colonialidade, saberes subalternos e pensa­mento liminar (ed. UFMG, 2003). É diretor acadêmico da Duke nos Andes, um programa interdisciplinar em Estudos Latino Americanos e Andinos em Quito (Equador). Dirige desde 2000 o Center for Global Studies and the Humanities, uma unidade de pesquisa no John Hope Franklin Center for International and Interdisciplinary Studies. Pesquisador Permanente a Distância da Universidad Andina Simón Bolívar em Quito (Equador).

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Publicado

2007-06-30

Como Citar

Mignolo, W. D. (2007). ’Epistemic Disobedience’: the de-colonial option and the meaning of identity in politics. Gragoatá, 12(22). Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33191