Reflexões sobre a poesia como abertura

Autores

  • Juliana P. Perez UFRJ

Palavras-chave:

abertura, Paul Celan, poetologia

Resumo

O objetivo deste trabalho é compreender a concepção de abertura em textos de Paul Celan (1920- 1970). Celan não define seu conceito de abertura de forma filosófica ou teórica, mas aborda a questão em diferentes níveis: no nível lingüístico, a abertura pode ser compreendida como um processo de questionamento e cisão da linguagem usual, através do qual abandonam-se os clichês e abre-se a linguagem à incomensurabilidade do outro; no nível cognitivo, a abertura significa a possibilidade de conhecimento e de percepção da efemeridade do homem; no nível ético, ela designa uma postura, um ethos, cuja máxima manifestação é o amor. No nível da reflexão poetológica, a abertura pode ser definida como uma das condições da possibilidade da poesia, mais especificamente, como sua condição ética.

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Biografia do Autor

Juliana P. Perez, UFRJ

Professora adjunta do Departamento de Letras Anglo-Germânicas da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em Língua e Literatura Alemã pela Universidade de São Paulo. Tem publicados artigos sobre poesia e sobre a obra de Paul Celan, com destaque para: “À margem do abismo: uma leitura poetológica de Zürich, zum, Storchen, de Paul Celan” (Pandemonium Germanicum, n°. 10, 2006) e “Abertura e hermetismo na poesia de Paul Celan” (Terceira Margem, n°. 15, 2006).

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Publicado

2007-12-30

Como Citar

Perez, J. P. (2007). Reflexões sobre a poesia como abertura. Gragoatá, 12(23). Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33182

Edição

Seção

Artigos de Linguagem