“Subjetividades-nada”, linguagem e aprendizagem: precisamos de atrapalhar as significâncias
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.53281Palabras clave:
pedagogia das misturas, subjetividades, ordens de indexicalidadeResumen
Neste estudo exploramos os impactos danosos de compreensões das línguas como categorias puras, sobretudo para grupos marginalizados (Bauman; Briggs 2003; Makoni; Pennycook, 2007; MOITA LOPES, 2013). Em diálogo com narrativas produzidas por Filhos, uma aluna de um curso pré-universitário voltado para jovens e adultos de classes populares, refletimos sobre os efeitos perfomativos de visões modernistas das línguas, especialmente da língua inglesa. Nos dados gerados em uma entrevista, Filhos reconstrói sua trajetória de socialização acadêmica (WORTHAM, 2015). Nosso interesse analítico focaliza tal reconstrução a qual abordamos segundo as ordens de indexicalidade (Blommaert, 2005; 2009; 2010) em ação. Os resultados apontam que ideologias linguísticas modernistas reavitalizadas por Filhos durante o evento microssituado de que participou contribuem para constituí-la como uma subjetividade nula de saberes legítimos e incapaz de agir no mundo em língua inglesa. Concluímos indicando os ganhos possíveis de “uma pedagogia das misturas” para grupos historicamente excluídos e estigmatizados.
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