Capitalismo patriarcal em tempos de antropoceno: reflexões sobre a distopia feminista Deuses de Pedra
Palabras clave:
Distopia feminista. Ecocrítica feminista. Antropoceno. Jeanette Winterson.Resumen
A partir de uma visão ecocrítica feminista, este artigo analisa o romance Deuses de Pedra (2012), da autora britânica Jeanette Winterson, como uma distopia feminista que retrata o Antropoceno e suas urgências como um fio condutor de histórias trágicas que se entrelaçam em diferentes espaços-tempos. Entendida como sf, no sentido de equivaler à ficção científica, fabulação especulativa e feminismo especulativo (HARAWAY, 2016), a narrativa de enredo apocalíptico manifesta claras críticas às relações de opressão capitalistas e patriarcais, expondo-os como responsáveis pelo rumo catastrófico que a humanidade tomou, bem como especula sobre as possibilidades de resistência para desestabilizar tais estruturas. Partindo destes pressupostos, o estudo tem por base uma crítica feminista fundamentada, sobretudo, nas reflexões de Silvia Federici (2019), articulando as relações de raça, gênero e sexualidade na constituição do modelo de exploração capitalista, além de observar os efeitos que essas estruturas causam na natureza, a partir da intervenção dos humanos.
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