Production et circulation de récits amérindiens, ghostwriting et langue fantôme

Autores/as

  • José Luís Jobim Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i63.59625.fr

Palabras clave:

Narrativas ameríndias, Davi Kopenawa, Rigoberta Menchu

Resumen

Neste artigo, vamos analisar duas narrativas, atribuídas a Rigoberta Menchú e Davi Kopenawa, que possuem algumas características comuns, por serem dirigidas a um público “branco” (embora estes autores sejam ameríndios) e por descreverem elementos da cultura ameríndia, apresentando fatos históricos referentes ao encontro da cultura ameríndia com a cultura abrangente, em seus respectivos países (Guatemala e Brasil), partindo de uma perspectiva indígena, e sendo originalmente publicadas em línguas diferentes daquelas de seus autores ameríndios, além de serem organizadas e estruturadas por pessoas ligadas à cultura francesa, a partir de perspectivas disciplinares “ocidentais”. Todas estas características das narrativas analisadas geram muitas questões que dizem respeito aos papeis dos autores.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

José Luís Jobim, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

Mestre em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980) e doutor em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986). Fez pós-doutorado na Stanford University (2001). Atualmente é Professor Associado IV da Universidade Federal Fluminense e Professor Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (aposentado, mas ainda atuando no Programa de Pós-Graduação em Letras). Foi presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada e primeiro secretário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Letras e Linguística. Entre suas atividades, podem-se mencionar: consultor ad hoc para avaliação de pós, qualis e auxílios da CAPES, parecerista ad hoc do CNPq, da FAPERJ e da FAPESP, referee/peer reviewer da Agenzia Nazionale di Valutazione del sistema Universitario e della Ricerca (ANVUR) da Itália, membro do Board of Advisors do Institute for World Literature (Harvard University, USA), membro de conselhos consultivos e/ou editoriais de periódicos científicos no Brasil e no exterior. É "Cientista do nosso Estado". Segundo a FAPERJ: "As bolsas "Cientistas do Nosso Estado", ou "Bolsas de Bancada para Projetos ? BBP", destinam-se a apoiar, por meio de concorrência, projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área, com vínculo empregatício em instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro. São elegíveis para concorrer os pesquisadores que tenham, entre outras coisas, ?produção científica de alta qualidade, compatível com o nível de pesquisador 1 do CNPq, especialmente nos últimos cinco anos? (Fonte: Edital FAPERJ nº 09/2009) Foi membro da Comissão Nacional de Letras do INEP. Seu projeto anterior foi sobre a análise crítica dos fundamentos alegados por produtores de textos (literários, teóricos, críticos) dos séculos XX e XXI sobre sua própria escrita, considerando a perspectiva implícita e explícita que os escritores produzem sobre sua própria escritura em suas respectivas obras, a perspectiva de críticos e teóricos sobre a produção literária destes escritores, a perspectiva de críticos e teóricos sobre a produção de crítica e teoria, a fim de discutir a emergência de novos sentidos sobre o contexto e as bases materiais em que se configura esta produção, com foco maior na proliferação textual em meio digital. Seu projeto atual (2015-2019) investiga as teorizações sobre o que acontece, quando um determinado elemento literário ou cultural, com uma alegada origem em um lugar, vai inserir-se em outro lugar.

Citas

Arias, Arturo (ed.) The Rigoberta Menchú Controversy. Minneapolis: The University of Minnesota Press, 2001.

Burgos, Elizabeth (ed.) Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia. Barcelona : Seix Barral, 1993 [1983].

Burgos, Elizabeth (ed.) Moi, Rigoberta Menchú, une vie et une voix, la revolution en Guatemala. Paris: Gallimard, 1983.

Burgos, Elizabeth (ed.) I… Rigoberta Menchú. An Indian Woman in Guatemala. Translated by Ann Wright. London: Verso, 1984.

Castro, Eduardo Viveiros de. Metafísicas canibais. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

JOBIM, José Luís. Literatura Comparada e Literatura Brasileira: circulações e representações. Rio de Janeiro; Boa Vista: Makunaima; Editora da Universidade Federal de Roraima, 2020.

Krenak, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2019.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. La chute du ciel. Paroles d´un chaman yanomani. Paris: Terre Humaine, 2010.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cia. das Letras, 2019. [e-book Kindle].

Pratt, Mary Louise. Rigoberta Menchú and the Cultural Wars. In: Arias, Arturo (ed.) The Rigoberta Menchú Controversy. Minneapolis: The University of Minnesota Press, 2001. p. 29-48

THE RIGOBERTA MENCHÚ TUM FOUNDATION. Rigoberta Menchú Tum: The truth that challenges the future. In: ARIAS, Arturo (ed.). The Rigoberta Menchú Controversy. Minneapolis: The University of Minnesota Press, 2001. p. 103-106.

##submission.downloads##

Publicado

2024-04-08

Cómo citar

Jobim, J. L. (2024). Production et circulation de récits amérindiens, ghostwriting et langue fantôme. Gragoatá, 29(63), e59625. https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i63.59625.fr