Um lugar de representação pela língua: o programa de leitorado do Ministério das Relações Exteriores brasileiro
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https://doi.org/10.22409/gragoata.v17i32.33039Mots-clés:
português como língua estrangeira, política linguística exterior brasileira, leitoradoRésumé
A partir do quadro teórico-metodológico da História das Ideias Linguísticas, na sua relação com a Análise do Discurso materialista, analisamos alguns aspectos relativos à política linguística exterior brasileira, especificamente, o imaginário que significa o leitor do Ministério das Relações Exteriores, oficialmente definido como “o professor universitário, de nacionalidade brasileira, que se dedica ao ensino da língua portuguesa falada no Brasil, e da cultura e da literatura nacionais em instituições universitárias estrangeiras” (BRASIL, 2006). É possível observar uma heterogeneidade em seu campo de atuação, indicativa do fato de que os leitorados estão subordinados antes às instituições estrangeiras do que ao Estado brasileiro. Além disso, os leitores tendem a ser significados como representantes do Brasil, a despeito de uma polêmica sobre o que / quem devem representar. Constrói-se, assim, através da língua nacional, enquanto signo da cultura brasileira, um lugar de representação cultural e/ ou diplomática do Brasil.
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