Estatuto da forma cê: clítico ou palavra?

Auteurs

  • Liliane Pereira Barbosa UNIMONTES

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https://doi.org/10.22409/gragoata.2010n29a33081

Mots-clés:

forma cê, clítico, palavra fonológica, Fonologia Prosódica, Cliticização.

Résumé

O fato de investigações considerarem cê um clítico pronominal sintático e a constatação da possibilidade de esta forma aparecer em posições em que um clítico não aparece fizeram-nos questionar o seu caráter. Assim, baseados em dados extraídos da literatura atestada e publicada, além de construções do dialeto do Norte de Minas, constatamos, fundamentados na teoria da Cliticização e na Fonologia Prosódica, que cê se comporta não como clítico, mas como palavra plena. Ademais, propusemos, ancorados, ainda, na Fonologia Prosódica, que a atonicidade percebida em cê está no nível da frase e não da palavra. Nesse viés, a sua ausência de tonicidade ocorre em razão da possibilidade de alternância de proeminência acentual no nível da frase entoacional, que, por se relacionar a aspectos semânticos, sintáticos e de desempenho do falante, determina nó forte ou fraco a cê, ou seja, sua posição forte ou fraca na sentença.

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Biographie de l'auteur

Liliane Pereira Barbosa, UNIMONTES

Doutoranda na UFMG, é professora na UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros). Publicou, entre outros: Influência do Contexto Fonológico no Uso dos Types Você, Ocê e Cê no Dialeto Norte-Mineiro (in: Vínculo (Unimontes), v.07, 2006). Atualmente, co-coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos Linguísticos (GESLIN) do Departamento de Comunicação e Letras da Unimontes e desenvolve pesquisa na área de Fonologia. Seus interesses de pesquisa referem-se às seguintes questões: Sociolinguística, Dialetologia e Estrutura Sonora da Linguagem.

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Publiée

2010-12-30

Numéro

Rubrique

Artigos de Linguagem