Tirando os véus, velando o outro: Bakhtin e os diálogos multiculturais contemporâneos
Mots-clés:
Linguagem cinematográfica. Multiculturalismo. Polifonia. Mikhail Bakhtin. A MaçãRésumé
Este artigo articula considerações clássicas de Mikhail Bakhtin em torno do conceito de polifonia, formuladas na primeira metade do século XX, à crítica cultural contemporânea. A revisitação da tradição crítica inaugurada pelo teórico russo e cara aos estudiosos de Teoria da Literatura, de Sociolingüística, de História Cultural, dentre outros, prova-se extremamente fértil hoje. Trocas simbólicas mais complexas e céleres confundem lugares de enunciação nos conflitos ou negociações identitárias locais e globais. Se crescentes coproduções cinematográficas prestam testemunho temático e econômico à intensificação do trânsito e das parcerias multiculturais, expressos pela emergência das ‘vozes de dentro’ e/ou auto-representações, por outro lado deixam transparecer certa dificuldade em elaborar perguntas produtivas sobre possibilidades concretas de diálogo inter/ multicultural. Dicotomias simplistas e longevas entre o novo e o velho ou maniqueísmos mais perversos que lhes façam corresponder o bem e o mal parecem contribuir antes para a univocidade que para a tensão polifônica, como descrita por Bakhtin. Nosso trabalho específico configura-se pelo exame da linguagem cinematográfica de A Maçã, de Samira Makhmalbaf, de 1998. Procuramos compor nosso objeto sobre uma base descritiva articulada entre o iconográfico e o verbal, procedendo à visão de mundo mais ampla, subjacente a este “bem cultural” franco-iraniano.
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