A crônica de jornal: da ponta da linha ao fim da picada
Mots-clés:
crônica brasileira, jornalismo, narrador, leitoresRésumé
A representação da realidade brasileira assume várias formas que misturam as narrativas com a subjetividade de cada autor. Para explorar a dialética entre texto e acontecimento em crônicas de jornal, este artigo esboça um panorama breve da crônica brasileira, destaca a relevância de Machado de Assis e registra uma análise inicial das crônicas de Arnaldo Jabor na Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. A crônica de jornal moderna, gênero no qual Jabor é um nome importante, aposta em imagens com uma função de "psicanálise social. É uma re-elaboração da herança da "cultura de janela", deixada por João do Rio. Para os leitores, o efeito é a comunhão perfeita: qualquer pessoa pode se sentir "autor" da crônica. Afinal de contas, a perplexidade que o leitor não sabe expressar está lá, engraçada, irônica, analítica e conclusiva. Porém, isso não é o bastante para a formação de uma consciência nacional, porque o leitor não pode exercitar uma própria racionalidade, resultante do fundo trazido pelo texto. Somente Machado de Assis ofereceu para a crônica tal formação de leitores, com noção política, social e filosófica sobre a história da formação social brasileira. Além disso, o valor literário das colunas de Machado (Bons dias! e A Semana) reside na perspicácia da elaboração de um narrador, fornecendo uma unidade inexistente na crônica atual.##plugins.generic.usageStats.downloads##
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