A ANÁLISE DE GÊNEROS DISCURSIVOS NA LINGUÍSTICA FORENSE: UM ESTUDO SOBRE OS GOLPES DO FALSO SEQUESTRO
##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:
https://doi.org/10.22409/gragoata.2015n38a33301Mots-clés:
Língua Portuguesa, Teoria e análise linguísticaRésumé
Os crimes de extorsão chamados de Golpes do Falso Sequestro são uma modalidade criminal que surgiu há poucos anos no Brasil. Como uma nova prática social, atrelado a ela, surgiu também um novo gênero discursivo. No presente artigo, nos propomos a analisar e descrever esse gênero tomando por base a teoria Semiolinguística de Patrick Charaudeau. Nosso corpus de análise foi constituído por quatro gravações de golpes do falso sequestro interceptadas pela polícia civil do Rio de Janeiro e disponibilizadas na modalidade online pela revista Veja. Notamos que as situações comunicativas dos textos que compunham nosso corpus eram orientadas para a finalidade comum de convencer as vítimas a efetuarem o pagamento do falso resgate, já que tanto as visadas discursivas quanto os modos de organização do discurso corroboravam para esse fim. A visada discursiva do fazer-acreditar consiste, nos textos analisados, em fazer com que a vítima acredite nos argumentos dos supostos sequestradores e, através de coerções, ameaças e mesmo instruções, os criminosos procuram fazer com que as vítimas façam o pagamento solicitado (fazer-fazer). Notamos também que o modo argumentativo de organização do discurso é o mais proeminente, sendo auxiliado pelos modos narrativo e descritivo. Tendo, portanto, uma finalidade específica, uma ancoragem social na prática criminal homônima e possuindo, inclusive, identidades próprias dos sujeitos participantes do contrato interacional (sequestrador, sequestrado, vítima-familiar), notamos que os golpes do falso sequestro podem ser considerados como um gênero discursivo próprio.
##plugins.generic.usageStats.downloads##
##submission.downloads##
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
AUTORIZAÇÃO
Autores que publicam em Gragoatá concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pela Gragoatá.
Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Gragoatá.
A Gragoatá utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição CC BY 4.0 Internacional.