“Engenhoso artifício”: o emblema e sua apropriação no teatro de Shakespeare
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https://doi.org/10.22409/gragoata.2017n43a33495Mots-clés:
Emblema. Poética, Retórica. Shakespeare. Drama elisabetano.Résumé
O célebre livro de emblemas de Andrea Alciato, Emblematum liber (1531), o primeiro a reunir gravuras acompanhadas de mote e epigrama, foi extensamente emulado nas cortes europeias ao longo dos séculos XVI e XVII. Na Inglaterra elisabetana, Geoffrey Whitney publica, em 1586, o primeiro livro de emblemas em inglês, A Choice of Emblemes and Other Devises, o qual teve ampla circulação no meio letrado de seu tempo. Nessa obra, Whitney reúne 248 emblemas compostos de um mote, uma xilogravura e um poema, em inglês. Reciclando tópicas antigas à maneira de Alciato, Whitney representa lugares-comuns retórico-poéticos correntes no âmbito cortesão, conferindo uma nova “roupagem” a práticas antigas balizadas pelo ut pictura poesis horaciano e constituindo, na época, um gênero propício para a efetuação da agudeza. Com foco na obra de Whitney, este artigo pretende investigar a estrutura e a função do emblema, com o objetivo de destacar a particularidade de sua natureza icônico-verbal, e apontar, a partir de alguns exemplos, a apropriação do gênero emblemático no teatro de Shakespeare.
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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n43a767.
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