Descriptive translation studies: uma revisão crítica
Mots-clés:
Teoria dos polissistemas, Estudos descritivos da tradução, Normas de tradução.Résumé
O objetivo deste artigo e, em um primeiro momento, fazer uma breve revisão das principais contribuições do modelo teórico dos Descriptive Translation Studies (DTS), desenvolvido em meados dos anos 70 por um grupo de estudiosos de Israel e dos Países Baixos preocupados com a estudo da literatura traduzida, para em seguida apontar alguns problemas e lacunas teóricas que não parecem ter sido satisfatoriamente resolvidos em posteriores refinamentos da teoria. A abordagem descritivista fundamenta-se nos seguintes pressupostos: (i) uma visão da literatura como um sistema dinâmico e complexo; (ii) a convicção de que deve haver uma interação permanente entre modelos teóricos e estudos de caso; (iii) uma abordagem da tradução literária de caráter descritivo (portanto, não normativa) e voltada para a texto-alvo, além de funcional e sistêmica; e (iv) um interesse pelas normas e coerções que governam a produção e a recepção de traduções, pela relação entre a tradução e outros tipos de reescritura e pelo lugar e função da literatura traduzida tanto num determinado sistema literário quanto na interação entre literaturas. Nos últimos vinte e cinco anos, a abordagem descritivista vem informando inúmeros estudos sabre o sistema de literatura traduzida de inúmeras culturas, principalmente europeias, mas ainda apresenta alguns problemas que precisam ser melhor trabalhados no âmbito da teoria. Entre estes, destacamos a risco de incorrer num “descritivismo” puro e simples, desprovido de uma elaboração crítica, e a relativa despreocupação em explicitar os fundamentos epistemológicos da teoria e em (re)definir conceitos importantes.
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