A rede construcional do esquema focalizador [que só] no português brasileiro

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/gragoata.v25i52.40830

Mots-clés:

Gramática de Construções. Construções Focalizadoras. [Que só].

Résumé

Os sentidos da linguagem são constituídos subjetivamente nas práticas de comunicação, no âmbito de domínios semânticos e pragmáticos. Nesta perspectiva, a gramática pode ser caracterizada como uma rede de construções em constante transformação, cujas análises levam ao extremo a indissociável relação entre forma e sentido constituída no uso da língua. Por sua vez, a mudança linguística é inerente ao funcionamento da língua, ocorrendo de forma gradiente, radial e indissociável dos contextos de uso. Dessa maneira, neste artigo, tendo por base uma abordagem construcional, fundamentada nas proposições da Gramática de Construções, representada especialmente por Langacker (2009), Goldberg (1995; 2006), Bybee (2006; 2010; 2015), Traugott e Dasher (2005), Traugott (2008), Traugott e Trousdale (2010; 2013), Diessel (2015), Oliveira e Rosário (2015), dentre outros, analisamos o esquema construcional focalizador [que só] no português brasileiro contemporâneo. A focalização é uma construção, uma entidade abstrata constituída por pareamentos de forma e sentido e pressupõe os domínios da ênfase, do contraste e da intensificação de conhecimentos de mundo compartilhados pelos falantes. As construções [que só] exercem função pragmática de foco, e sua constituição decorre da junção de duas estruturas focalizadoras recorrentes na língua portuguesa. Definimos os subesquemas e os contextos de uso das microconstruções derivadas do esquema [que só] nos níveis semântico, sintático e discursivo-pragmático. São descritos, também, os graus de abstratização dos usos das focalizadoras. Os resultados demonstram superposição dos domínios da comparação e da intensificação, revelando uma espécie de superesquema focalizador no português brasileiro contemporâneo.

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Bibliographies de l'auteur

Agameton Ramsés Justino, Universidade Federal de Rondonópolis

Professor Adjunto da Universidade Federal de Rondonópolis, Curso de Letras. Possui mestrado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003) e doutorado pela Universidade Federal de Goiás (2018). Participa do Grupo de Estudos Funcionalistas da UFG, no projeto Redes de estudo de LP no mundo.

Vânia Cristina Casseb-Galvão, Universidade Federal de Goiás

Professora titular/ordinária da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás. Professora visitante Unisalento – Itália (2019-2020). Pesquisadora visitante Foscari University – Itália (2018). Pós-doutorado em Lisboa (PT/2010) e na UFPA (2015/2017). Tem inúmeras publicações autorais e co-autorais nas áreas de Linguística Funcional, Gramaticalização, Políticas de Ensino e Ensino.

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Publiée

2020-09-21