Multifuncionalidade de mesmo: relação entre função e ordenação morfossintática

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i58.52121

Mots-clés:

Funcionalismo, Ordem de constituintes, Mesmo, Multifuncionalidade

Résumé

Este estudo investiga o uso de mesmo no português brasileiro, tomando como suporte teórico a Gramática Discursivo-Funcional, desenvolvida por Hengeveld e Mackenzie (2008). A proposta consiste em investigar a multifuncionalidade desse item linguístico, relacionando-a às camadas propostas por esse modelo teórico, tendo como hipótese a de que o aspecto pragmático ou semântico determina a codificação do Nível Morfossintático com relação à posição assumida na unidade sintática (oração ou sintagma). Para tanto, utiliza como universo de pesquisa cartas particulares e cartas oficiais extraídas do córpus do Projeto para a História do Português Brasileiro (https://sites.google.com/site/corporaphpb). O objetivo consiste em verificar se os diferentes usos são morfossintaticamente codificados pela posição que ocupam no domínio do sintagma ou da oração. Os resultados revelam que mesmo, no Nível Interpessoal, escopa Subatos, indicando a categoria pragmática Ênfase ou a função pragmática Contraste e ocupa as posições inicial (PI) ou final (PF) do sintagma; já no Nível Representacional, atua como núcleo ocupando sempre a posição medial (PM), como operador de identidade, posiciona-se à esquerda do sintagma (PI+1), e como modificador de Estado de Coisas, assume posições adjacentes à palavra verbal.

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Publiée

2022-05-03

Numéro

Rubrique

v.27, n.58 - Língua, Gramática e Discurso na interface pragmática-sintaxe