A semiose como forma de vida: interações em uma conversa sinalizada
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https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i62.58488.ptMots-clés:
Processo semiótico, Ação co-operativa, Intercorporealidade, Situabilidade, Forma de vidaRésumé
Interações face-a-face caracterizam-se como um domínio privilegiado para o estudo da emergência do processo semiótico concebido como uma forma de vida. A partir da análise de trechos extraídos de uma conversa em língua de sinais brasileira (libras), exploramos a ideia de que todos os organismos habitam as ações uns dos outros (INGOLD, 2000), em processos dinâmicos em que significações emergem como forma de dar continuidade às atividades da própria vida. Essa habitação nas ações dos outros se revela por meio da realização de ações co-operativas, que se definem como o reuso, com transformações, de elementos disponíveis na interação corrente ou recuperáveis a partir dos históricos de interações dos interactantes (GOODWIN, 2018). No curso de uma interação face-a-face, as ações co-operativas se caracterizam pela co-constituição mútua das atividades de diferentes partes do corpo de um mesmo interactante (ações intracorporeadas) com as atividades sincronizadas dos corpos dos dois (ou mais) interactantes (ações intercorporeadas), o que leva à emergência de significações sempre novas, de natureza local, temporal, corporeada e contingencial, como qualquer forma de vida.
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