Indianismos na poesia brasileira e goesa: os casos de Gonçalves Dias e de Paulino Dias

Autores

  • Duarte Braga FAPESP/ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • Hélder Garmes Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.2016n41a33426

Palavras-chave:

Indianismo, Goa, Brasil, Paulino Dias, Gonçalves Dias.

Resumo

Quer na crítica literária brasileira, quer na goesa, o que foi designado como "indianismo" possui referentes e cronologias distintas. A presença do índio na nascente literatura brasileira é um fenômeno de seu primeiro Romantismo. Quanto à paixão pela Índia clássica na poesia de língua portuguesa escrita em Goa, seu auge ocorre na virada do século. O presente ensaio tem como objetivo compreender este fenômeno como uma manifestação transnacional do discurso nativista nos territórios de língua portuguesa. A fim de entender a poesia indianista, há que estudar seus significados socioculturais e investigar as maneiras pelas quais as formas literárias europeias são transformadas por ela, o que será feito através de uma leitura cuidadosa de poemas de Gonçalves Dias e de Paulino Dias.

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Biografia do Autor

Duarte Braga, FAPESP/ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Possui Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas - Estudos Portugueses (2005), Mestrado (2009) e Doutoramento (2014) em Estudos Comparatistas, todos pela pela Universidade de Lisboa. No âmbito do Doutoramento recebeu bolsa da agência FCT (2009-2013) e realizou estágio de pesquisa na Universidade de Wisconsin-Madison (E.U.A.). Atuou como docente na Faculdade de Letras da U.L. e é investigador do Centro de Estudos Comparatistas da mesma Universidade. Desenvolve, no presente, pesquisa de pós-doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na FFLCH-USP, com bolsa da FAPESP. Atua nas áreas de Literatura Portuguesa e Literatura Comparada. No momento, tem os seguintes interesses de pesquisa: poesia portuguesa do século XX, literatura finissecular, orientalismo na literatura portuguesa, literaturas de Goa e de Macau. Nestes campos organizou publicações de livros, eventos científicos e possui artigos em periódicos internacionais.

Hélder Garmes, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Linguística e em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1983, 1985), mestrado em Teoria e História Literária pela mesma universidade (1993), doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (1999), tendo realizado estágios pós-doutorais na École des Hautes Études en Sciences Sociales (2005), em Paris, e no College of Humanities da Ohio State University (2009), em Columbus. Atualmente é professor livre-docente da Universidade de São Paulo, atuando especialmente nas áreas de literatura portuguesa, estudos comparados de literaturas de língua portuguesa e história da literatura. No momento, tem por foco dois núcleos de pesquisa: um voltado para a obra de Eça de Queirós; outro voltado para a literatura de língua portuguesa de Goa e de outras ex-colônias portuguesas do Oriente. É autor do livro Romantismo paulista (2006), organizador do volume Oriente, Engenho e Arte (2004), além de ser co-organizador de Literatura Portuguesa: História, Memória e Perspectivas (2007) e de um número especial da revista Via Atlântica (2011) sobre literatura e cultura em Goa, entre outras obras.

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Publicado

2016-12-28

Como Citar

Braga, D., & Garmes, H. (2016). Indianismos na poesia brasileira e goesa: os casos de Gonçalves Dias e de Paulino Dias. Gragoatá, 21(41). https://doi.org/10.22409/gragoata.2016n41a33426

Edição

Seção

Artigos de Literatura