Zeeuws-Flemish in Brazil: multilingualism and language decay

Autores

  • Elizana Schaffel Bremenkamp Universidade Federal do Espírito Santo
  • Kathy Rys Meertens Institute Amsterdam / Universidade de Antuérpia (Bélgica)
  • Andrew Nevins Universidade Federal do Rio de Janeiro / University College London
  • Gertjan Postma Meertens Institute Amsterdam

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i42.33480

Palavras-chave:

Imigração. Práticas de linguagem. Políticas linguísticas.

Resumo

In this paper, we present the linguistic and cultural description of the Brazilian Zeeuws-Flemish population in Espírito Santo, which today has no more than 20 speakers. The Zeeuws-Flemish speakers, hundreds of whom left Zeeland in 1858-1862, have faced hardship and difficulty in adaptation and integration into Brazilian society ever since their arrival, with their language threatened not only by Brazilian Portuguese, but also by Brazilian Pomeranian, somewhat of a lingua franca among the Germanic Protestant community in the region. In this paper we present a sociolinguistic survey of the Brazilian Zeeuws-Flemish language community and an overview of its linguistic features such as intra- and interspeaker allophony, lexical borrowing and calquing, relative pronoun neutralization, do-support, topic drop, complementizer fusion, and loss of diminutives.

------------------------------------------------------------------------------------------------------

Flamengo-zelandês no Brasil: multilinguismo e decadência linguística

O intenso fluxo de imigração do século XIX possibilitou, ao estado do Espírito Santo, receber milhares de imigrantes de diferentes nacionalidades. Dentre eles estavam 324 imigrantes holandeses, que chegaram entre os anos de 1858 e 1862. Esses imigrantes trouxeram consigo sua língua, o flamengo-zelandês. Atualmente, no entanto, essa língua tem menos de 20 falantes, visto que foi substituída pelo português e pelo pomerânio. Através de uma pesquisa de campo, entrevistamos dezenas de descendentes de imigrantes em diferentes municípios espírito-santenses. Pudemos constatar que a língua está criticamente ameaçada, e isso se deve a diversos fatores históricos, sociais e culturais. Neste artigo, apresentamos a situação sociolinguística do flamengo-zelandês no Espírito Santo e expomos algumas características atuais da língua em processo de desaparecimento: alofonia intra-falante e inter-falante; empréstimo lexical e o calqueamento do Português; a neutralização do pronome relativo; o do-support; a omissão do tópico; a fusão do complementador e o marcador infinitival –te;  e a perda parcial de diminutivos.

---

DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n42a852

---

Artigo em inglês.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elizana Schaffel Bremenkamp, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Espírito Santo. Especialista em contato linguístico, especialmente entre línguas de imigração, principalmente pomerânia e flamengo-zelandês, e português. Estuda os processos de manutenção e substituição das línguas minoritárias e o desenvolvimento do bilinguismo. Desenvolve um trabalho de contato linguístico sobre a imigração holandesa para Espírito Santo.

Kathy Rys, Meertens Institute Amsterdam / Universidade de Antuérpia (Bélgica)

Faz pós-doutorado no Meertens Institute Amsterdam e pesquisadora sênior Universidade de Antuérpia (Bélgica). Especialista em dialectologia, mais especificamente na aquisição de variação fonológica.

Andrew Nevins, Universidade Federal do Rio de Janeiro / University College London

Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na University College London. Sua pesquisa se concentra nas ciências da linguagem e novas metodologias na coleta de dados, bem como na linguística das línguas minoritárias e sua contribuição para a teoria linguística.

Gertjan Postma, Meertens Institute Amsterdam

Investigador sênior do Meertens Institute Amsterdam, um instituto de pesquisa da Academia de Ciências da Holanda. Especialista em sintaxe diacrônica, executou um projeto para construir um analisador automático do holandês médio e recentemente escreveu uma gramática comparativa do pomerânio no Brasil.

Downloads

Publicado

2017-07-13

Como Citar

Schaffel Bremenkamp, E., Rys, K., Nevins, A., & Postma, G. (2017). Zeeuws-Flemish in Brazil: multilingualism and language decay. Gragoatá, 22(42), 435-472. https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i42.33480