A RETÓRICA DA INTRANSIGÊNCIA: PERVERSIDADE, FUTILIDADE, AMEAÇA
Palavras-chave:
Conservadorismo, Retórica, Teoria PolíticaResumo
o presente texto é uma resenha do livro “A Retórica da Intransigência”, escrita pelo
economista Albert Hirschman e cuja segunda edição em português foi publicada em 2019. O
objetivo do autor é analisar a retórica conservadora a partir de três momentos históricos
distintos, a saber: no contexto da Revolução Francesa, no debate sobre a expansão do sufrágio
universal no século XIX e no contexto do debate sobre o Welfare State no século XX. O autor
identifica três tipos (ideais) de argumentos: a tese da perversidade, segundo a qual iniciativas
de alteração do status quo produzirão efeitos sociais maléficos; a tese da futilidade, isto é, as
medidas de transformação social serão ineficazes ante estruturas sociais existentes; e a tese da
ameaça, que defende que as propostas de mudanças colocam em risco determinados valores ou
conquistas históricas. Recorrendo a um conjunto de fontes escritas, Albert Hirschman transita
entre obras da Filosofia, Teoria Política, os debates parlamentares e outros materiais. O texto é
atual, tanto pelo retorno do (neo)conservadorismo quanto pela riqueza analítica e conceitual
que propõe. Por fim, o texto também analisa o discurso “progressista”, expondo riscos e
propondo ao final algumas reflexões sobre a democracia em nossos tempos.
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Referências
HIRSCHMAN, Albert. A Retórica da Intransigência: perversidade, futilidade, ameaça. Tradução: Tomás Rosa Bueno. – 2ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2019. 188 pp. ISBN: 9788535932362
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