OS CONTORNOS EPISTEMOLÓGICOS DA CULTURA ESTRATÉGICA:

UMA ABORDAGEM COMPARATIVA

Autores

  • Carlos Alberto Leite UFF (doutorando)

Palavras-chave:

Cultura Estratégica, Perspectiva Comparada, Questões Pendentes

Resumo

O presente artigo tem como base o conceito de cultura estratégica proposto por Snyder em 1977. A partir de sua visão, vários autores vêm contribuindo para a compreensão e sobretudo para o alargamento das bases interpretativas da cultura estratégica. Os objetivos aspiram a identificar as várias abordagens conceituais da cultura estratégica e apresentar, sumariamente, em perspectiva comparada, a cultura estratégica de China, Estados Unidos da América (EUA), um grupo de países nórdicos, República Federal da Alemanha (RFA) e Brasil, mesmo em breves linhas gerais, dada a complexidade da temática e suas implicações conceituais, portanto, inviável de esgotar-se neste espaço de reflexão. A metodologia se ampara em uma pesquisa teórica com abordagem qualitativa, pesquisas exploratória e explicativa, quanto aos procedimentos técnicos se utilizou uma pesquisa bibliográfica, com aplicação do método comparativo. Os resultados apontam para a inconcretude de um único conceito que amarre objetivamente o campo teórico da cultura estratégica. As conclusões apontam para o fato de que a cultura estratégica brasileira vis-à-vis as demais Unidades Políticas ainda é uma grande incógnita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 2001.

BLACK, J. War and Cultural Turn. Cambridge: Polity Press, 2012.

BOOTH, Ken. The Concept of Strategic Culture Affirmed. In: JACOBSEN, Carl G. (ed.). Strategic Power: USA/ USSR. London: Macmillan, 1990.

BOOTH, Ken. Strategy and Ethnocentrism. New York, 1979.

BRIGHI, Elisabetta. Implementation Hill, Christopher and Behaviour. In: SMITH, S. et al. (Coord.) Foreign Policy: theories, actors, cases. Oxford: Oxford University Press, 2008. p.

-136.

CARRIÇO, Alexandre. A Cultura Estratégica da China: Evolução na Continuidade. Proelium

X (10) (2016), 57-88. Disponível em: file:///C:/Users/FUNCIO~1/AppData/Local/Temp/8914-Texto%20do%20Trabalho-25365-1-10-20160329-1.pdf. Acesso em: 25 jul.2021.

COUTAU – BÉGARIE, Hervé. Tratado de estratégia. Trad. Brigitte Bentolila de Assis

Manso et al.. Rio de Janeiro: Escola de Guerra Naval (2010).

DA CUNHA, Guilherme Lopes; APPEL,Tiago Nasser; DE QUEIROZ, Fábio Albergaria. Identidade e Cultura Estratégica no Brasil contemporâneo. Revista Intellector. Ano XV Volume XVI, Nº 32, Julho/dezembro 2019. Rio de Janeiro.

DOUGHERTY, James; PFALZGRAFF, R. Relações Internacionais: as teorias em confronto.

Lisboa: Gradiva, 2003.

EAKIN, Marshall C. Espaço, lugar, identidade...e tempo: História, Geografia, e as origens da cultura estratégica brasileira. Revista Expedições: Teoria da História & Historiografia V. 5, N.1, Janeiro - Julho de 2014.

FIGUEIREDO, Eurico de Lima. Estudos estratégicos como área de conhecimento científico.

Rev. Bra. Est. Def. v. 2, no 2, jul./dez. 2015, p. 107-128. ISSN 2358-3932.

GIEGERICH, Bastian; TERHALLE, Maximilian. The Responsibility to Defend: Rethinking Germany's Strategic Culture (2021). Routledge. Disponível em: https://www.routledge.com/The-Responsibility-to-Defend-Rethinking-Germanys-StrategicCulture/Giegerich-Terhalle/p/book/9781032122731#. Acesso em: 26 jul. 2021.

GRAY, Colin S. (2013). Perspectives on strategy. Oxford: Oxford University Press.

GRAY, Colin S. Modern strategy. Oxford: Oxford University Press, 1986.

GRAY, Colin S. Estratégia Moderna. Trad. Geraldo Alves Portilho Júnior. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2016.

JOHNSTON, Alainstar. Cultural realism: strategic culture and grand strategy in Chinese

history. Princeton: Princeton University Press, 1995.

JONES, David. Soviet strategic culture. In: JACOBSEN, Carl G. (ed.). Strategic power: USA/URRS. London: S.T. Martin’s Press, 1990.

KUPCHAN, Charles (1994). The Vulnerability of Empire. Ithaca: Cornell University Press.

LANTIS, Jeffrey S. Strategic Culture: from Clausewitz to constructivism. USA: Defense

Threat Reduction Agency, Oct. 2006.

LANTIS, Jeffrey S; HOWLETT, Darryl. Strategic Culture. In: BAYLIS, John; et al.. Strategy

in the contemporary: an introduction to strategic studies. 2 nd ed. Oxford: Oxford University

Press. 2007. p. 82 - 100.

LISSARDY, Gerardo. Crise na Venezuela: “Intervenção militar teria consequências

devastadoras”, diz diplomata russo. BBC News Brasil. Maio 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48262309. Acesso em: 06 set. 2021.

LOCK, Edward (2010). Refining Strategic Culture: Return of the Second Generation. Review

of International Studies nº3, pp. 685 –708.

LUTTWAK, Edward N. Strategy: the logic of war and peace. London: Harvard University

Press, 1987.

MAHNKEN, Thomas G. Unites States Strategic Culture. USA: Defense Threat Reduction

Agency, nov. 2006.

MARQUES, Adriana Aparecida. Amazônia: pensamento e presença militar. 2007. 233f. Tese

de Doutorado. Universidade de São Paulo. 2007.

MEIRINHO, Manuel. Cidadania e participação política: temas e perspectivas de análise.

Lisboa: ISCSP, 2010.

MOREIRA, Adriano. Ciência Política. Coimbra: Almedina, 2012.

NEUMANN, Iver B; HEIKKA, Henrikki. Grand Strategy, Strategic Culture, Practice: The

Social Roots of Nordic Defence. Cooperation and Conflict: Journal of the Nordic

international Studies Association, v.10, n.1, 2005.

NOLAN, P.; ASH, R. China’s economy on the eve of reform. The China quarterly, London, n.

, p. 980-998, Dec. 1995.

PECEQUILO, C. S. Continuidade ou Mudança: a Política Externa dos Estados Unidos. Tese de doutorado apresentada ao FFLCH, USP, São Paulo, 1999.

ROMANA, Heitor. O conceito de cultura estratégica: notas sobre a China. In: LARA, Antônio

de Sousa (Coord.) A Crise e o futuro. Lisboa: Pedro Ferreira, Artes Gráficas, 2013. p. 43-50.

ROMANA, Heitor Barras. Da cultura estratégica: uma abordagem sistêmica e interdisciplinar.

Revista da Escola de Guerra Naval. Rio de Janeiro, v. 22, n.1, p. 13 – 32, jan/abril 2016.

SANTOS, L. C. V. G. O Brasil entre a América e a Europa: o Império e o interamericanismo

(do Congresso do Panamá à Conferência de Washington). São Paulo: UNESP, 2004.

SCOBELL, Andrew. China and strategic culture. Honolulu: University Press of the Pacific, 2004.

SCOBELL, Andrew (2003). China’s Military and the Use of Force: Beyond the Great Wall and the Long March. Cambridge: Cambridge University Press.

SENHORAS, Eloi Martins. Cultura estratégica e projeção brasileira nas relações internacionais. Federal University of Roraima, Brazil. Jun 2012.

SNYDER, Jack L. (1977). The Soviet Strategic Culture: Implications for Limited Nuclear

Operations. Santa Monica: RAND. Disponível em http://www.rand.org/content/dam/rand/pubs/reports/2005/R2154.pdf. Acesso: em 14 de jun.

TOTA, A. P. O. Imperialismo Sedutor: a americanização do Brasil na época da Segunda

Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

WARD, Hugh. Rational choice. In: MARSH, David; STORKER, Gerry. Theory and methods

in Political Science. 2. ed. Basingstoke et al.: Palgrave Macmillan, 2002. p. 65-89.

Downloads

Publicado

2021-12-28

Como Citar

Leite, C. A. (2021). OS CONTORNOS EPISTEMOLÓGICOS DA CULTURA ESTRATÉGICA: : UMA ABORDAGEM COMPARATIVA. Hoplos Revista De Estudos Estratégicos E Relações Internacionais, 5(9), 70-91. Recuperado de https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/51945

Edição

Seção

Artigos