A ESTRATÉGIA NEOZELANDESA PARA A ANTÁRTICA: ALIANDO ASPECTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS PARA GARANTIR OS INTERESSES LIGADOS À DEFESA

Autores

  • Gabriele Marina Molina Hernandez PPGEST-INEST-UFF
  • Thayná Fernandes Alves Ribeiro PPGEST-INEST-UFF

DOI:

https://doi.org/10.0000/hoplos.v3i5.41229

Resumo

O presente artigo objetiva analisar a importância estratégica do continente Antártico à Nova Zelândia e as medidas adotadas pelo país na área de Ciência e Tecnologia para garantir maior conhecimento e jurisdição sobre a Antártica. No momento no qual o planeta passa por diversas mudanças climáticas e crises ambientais, torna-se cada vez mais importante os estudos a respeito dos impactos do aquecimento global e o papel da Antártica na estabilização do clima; tais estudos são ainda mais relevantes às nações da Oceania que, com o aumento do nível do mar, correm risco de desaparecer. Utilizando metodologia qualitativa baseada em revisão bibliográfica, este trabalho analisa os dados disponibilizados principalmente pelo Governo da Nova Zelândia. Apresenta brevemente o histórico das atividades humanas na Antártica, a presença neozelandesa, e a evolução dos estudos e investimentos em Ciência e Tecnologia deste país para melhor conhecimento do sexto continente, questão que também afeta seus assuntos de Defesa. Ao final, conclui-se que, em caso de possíveis conflitos envolvendo esta região, aqueles que detiverem recursos e maior conhecimento sobre a região possuirão vantagens estratégicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriele Marina Molina Hernandez, PPGEST-INEST-UFF

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF/Brasil). Graduada em Relações
Internacionais pela Universidade Federal Fluminense e analista de Antártica no Boletim Geocorrente da Escola de Guerra Naval.

Thayná Fernandes Alves Ribeiro, PPGEST-INEST-UFF

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF/Brasil). Graduada em Defesa e Gestão Estratégica na Universidade Federal do Rio de Janeiro e analista de Sudeste Asiático e Oceania no Boletim Geocorrente da Escola de Guerra Naval.

Referências

ANDRADE, I. O. et al. O Brasil na Antártica: a importância científica e geopolítica do Proantar no entorno estratégico brasileiro. Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.- Brasília : Rio de Janeiro : Ipea. 2018, pp.20

ANTARCTIC TREATY CONSULTATIVE MEETING. Final Report of the Thirty-ninth Antarctic Treaty Consultative Meeting. Santiago. Chile 23 May - 1 June 2016, Volume I. Disponível em <http://www.ats.aq/documents/ATCM39/fr/ATCM39_fr001_e.pdf> Acesso em: 8 de dezembro de 2019.

BALDRIGHI, R. M. Antártida: Uma análise histórico-comparada das presenças brasileira e argentina no continente gelado. In: III Seminário de RI - ASCES UNITA, mai. 2016. Cauaru, PE. Anais (online). Pernambuco: ASCES UNITA, 2016. Disponível em:<http://repositorio.asces.edu.br/handle/123456789/183>. Acesso em: jan. 2020.

BROOKS, C. M. Competing values on the Antarctic high seas: CCAMLR and the challenge of marine-protected areas. The Polar Journal, 2013, vol. 3, nº2, 277–300. Acesso em: 21 de janeiro de 2019.

Commission for the Conservation of Antarctic Marine Living Resources. CCAMLR joins Tasmanian Antarctic showcase for diplomats. Disponível em <https://www.ccamlr.org/en/news/2016/ccamlrjoins-tasmanian-antarctic-showcase-diplomats> Publicado em 10 de maio de 2019.

DODDS, K. The Antarctic: A Very Short Introduction. Oxford: Oxford Press University, 2012. 121p.

DOLINGER, J. Direito Internacional Privado. Parte Geral. 11ª Edição - Rio de Janeiro, Forense. 2014.

FERREIRA, F. R. G. O sistema do tratado da Antártica: evolução do regime e seu impacto na política externa brasileira. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009. p.248.

HEMMINGS, A. D. et al. Beyond claims: towards a non-territorial Antarctic security prism for Australia and New Zealand. New Zealand Yearbook of International Law, The, v. 6, p. 77, 2008. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/profile/Alan_Hemmings/publication/261992143_Beyond_Claims_Towards_a_Non-

Territorial_Antarctic_Security_Prism_for_Australia_and_New_Zealand/links/558a660f08ae2affe71549b5/Beyond-Claims-Towards-a-Non-Territorial-Antarctic-Security-Prism-for-Australia-and-New-Zealand.pdf>. Acesso em: 22 de janeiro de 2019.

JOYNER, C. C. Antarctica and the Law of the Sea. Martinus Nijhoff Publishers. Kluwer Academic Publishers. Holanda. 1992.

MATTOS, L. F. A inclusão da Antártica no conceito de Entorno Estratégico Brasileiro. Revista da Escola de Guerra Naval, v.20, n.1, jan/jun 2014, p. 165-192. Disponível em:<http://www.egn.mb/arquivos/revistaEgn/nova-revista/revista-20n1/index.html>. Acesso em: 11 de dezembro de 2019. 2014a.

_______________. Antártica E O Pensamento Geopolítico Brasileiro. Rio de Janeiro: Escola Superior de Guerra. Disponível em Acesso em: 11 de dezembro de 2019. 2014b. 42

______________. O Brasil E A Adesão Ao Tratado Da Antártica: uma Análise da Política Externa no Governo Geisel. Orientador: Jorge Calvario dos Santos. Dissertação (Mestrado em Estudos Estratégicos) Niterói: Universidade Federal Fluminense, Instituto de Estudos Estratégicos, 2015. 244p.

MENEZES, W. O Direto do Mar. Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 2015.

MONTEIRO, A. M. G.; TOMMASI, L. R. Ophiuroidea das regiões Antártica e Subantártica: 1. Sobre três espécies de Gorgonocephalidae e Ophiacanthidae. Boletim do Instituto Oceanográfico, v. 32, n. 1, p. 33-54, 1983.

MORTEN, P. The evolution of New Zealand's Antarctic research programme since 1957. Polar Record, 2017, vol. 53, no 4, p. 382-395. Disponível em: <https://www.cambridge.org/core>. Acesso em 20 de janeiro de 2019.

NEW Zealand Government. Antarctica New Zealand. Informações disponíveis em <http://www.antarcticanz.govt.nz/> Acesso em 1 de janeiro de 2019.

_______________________. Defence White Paper 2016. Ministry of Defence, June 2016.

_______________________. Strategic Defence Policy Statement 2018. Ministry of Defence. Disponível em <https://defence.govt.nz/assets/Uploads/Strategic-Defence-Policy-Statement-2018.pdf> Acesso em 24 de janeiro de 2019.

_______________________. Statement of Intention 2016-2020. Disponível em: <http://www.antarcticanz.govt.nz/assets/About-Us/governance/publications/2016-2020-SOI.pdf> Acesso em 24 de janeiro de 2019.

_______________________. Antarctic Science Platform. Budget 2017 Antarctic Science Fact Sheet. Maio 2017. Disponível em: <https://www.mbie.govt.nz/assets/e8291ef606/antarctic-research-platformfaq.pdf>. Acesso em 20 de janeiro de 2019.

________________________. Antarctica New Zealand. New Zealand Antarctic and Southern Ocean Science Directions and Priorities 2010-2020. Disponível em:<http://www.antarcticanz.govt.nz/science/new-zealands-antarctic-science-strategy/>. Acesso em 20 de janeiro de 2019

New Zealand Antarctic Research Institute. THE ANTARCTIC SCIENCE CHALLENGE FOR NEW ZEALAND. Disponível em:<http://nzari.aq/supporting-research/the-antarctic-science-challenge-fornew-zealand>. Acesso em 20 de janeiro de 2019

New Zealand Ministery of Foreign Affairs & Trade. Antarctica and the Souther Ocean. Informações disponíveis em:<https://www.mfat.govt.nz/en/environment/antarctica/>. Acesso em: 01 de fevereiro de 2020.

OLIVEIRA, C. M.; FONSECA, E. R. B. A Corte Internacional de Justiça e o Meio Ambiente: Uma Análise do Caso Pesca de Baleia na Antártica Sob a Luz do Direito Internacional Para a Humanidade No Século. 2014. Disponível em Acesso em: 19 de julho de 2019.

RAMOS, E. P. Refugiados ambientais: em busca de reconhecimento pelo Direito Internacional. 150 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

RDRC (Ross Dependency Research Committee). Future directions in New Zealand Antarctic research. 18 f. Wellington: Ross Dependency Research Committee. 1985. 43

SAINT-PIERRE, H. L. "Defesa" ou "segurança"?: reflexões em torno de conceitos e ideologias. Contexto int., Rio de Janeiro, v. 33, n. 2, p. 407-433, Dec. 2011. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292011000200006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: jan. 2020

SALAS, C. R. H. Los Confines De La Responsabilidad Ambiental Em Los Ecosistemas Dependientes Y Asociados Al Medio Ambiente Antártico. Punta Arenas: Revista Electrônica de Estudios Internacionales. 2012.

SILVEIRA, C. C. Visões Sobre o Atlântico Sul E A Presença Da Marinha Do Brasil Na Antártida. Revista Brasileira de Estudos Estratégicos: Instituto de Estudos Estratégico da Universidade Federal Fluminense - INEST/UFF. Ed. nº 4 - Vol. I Rio de Janeiro, Luzes – Comunicação, Arte & Cultura, 2014, p. 339 - 358. Disponível em <http://www.inest.uff.br/images/REST-ARTIGOS/n4vol1/REST%204%20Edio%20digital.pdf> Acesso em: 15 de maio de 2019.

SIMÕES, J. C. (org.) Ciência Antártica para o Brasil: Um plano de ação para o período 2013 – 2022. Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas. Coordenação para o Mar e Antártica. Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Brasília, 2013

TRATADO DA ANTÁRTICA. Washington, DC, 1959. Mimeo. The New Zealand Antarctic Research Institute. 5-year focus for Antarctic, Southern Ocean and Subantarctic Research (2013-2018). 2013, 4 p. Disponível em:<https://nzari.aq/images/downloads/Antarctic_Futures_White_Paper.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2019.

VERASZTO, E. V.; SILVA, D.; MIRANDA, N. A.; SIMON, F. O. Tecnologia: buscando uma definição para o conceito. Prisma. com, n. 8, p. 19-46, 2009.

VIEIRA, F. B. O Tratado da Antártica: Perspectivas Territorialista e Internacionalista. Cadernos PROLAM/USP (ano 5 - vol. 2 - 2006), p. 49 - 82.

Downloads

Publicado

2020-03-25

Como Citar

Hernandez, G. M. M., & Ribeiro, T. F. A. (2020). A ESTRATÉGIA NEOZELANDESA PARA A ANTÁRTICA: ALIANDO ASPECTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS PARA GARANTIR OS INTERESSES LIGADOS À DEFESA. Hoplos Revista De Estudos Estratégicos E Relações Internacionais, 3(5), 31-43. https://doi.org/10.0000/hoplos.v3i5.41229

Edição

Seção

Artigos