As mídias como agentes de educação informal no envelhecimento: pistas para investigação

Autores

  • Patrícia Yokomizo Universidade de São Paulo Grupo de Pesquisas Envelhecimento, Aparência e Significado http://orcid.org/0000-0001-9767-1596
  • Andrea Lopes Universidade de São Paulo Graduação e Pós-graduação em Gerontologia Grupo de Pesquisas Envelhecimento, Aparência e Significados

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i3.13342

Palavras-chave:

educação informal, envelhecimento, velhice, mídias, cotidiano

Resumo

O envelhecimento é dinâmico e multideterminado. A velhice, como categoria etária, envolve uma série de desafios. Alguns deles são a manutenção das oportunidades de engajamento significativo e acesso à informação. A educação informal, realizada no âmbito das relações espontâneas do cotidiano, é composta por diversos agentes sociais, como a família, as relações de amizade e as mídias. O objetivo do artigo é apresentar uma revisão narrativa sobre a temática educação informal e velhice. A revisão realizada salienta e caracteriza a centralidade que as diversas mídias ocupam na produção investigada. São apontadas como relevantes nos processos de ensino e aprendizagem ao longo do envelhecimento e na velhice. A produção indica prós e contras, provoca reflexões e traz pistas para futuras investigações sobre o papel das mídias no âmbito dessa temática.

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Biografia do Autor

Patrícia Yokomizo, Universidade de São Paulo Grupo de Pesquisas Envelhecimento, Aparência e Significado

Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Bacharelado em Têxtil e Moda

Mestrado em Gerontologia

Andrea Lopes, Universidade de São Paulo Graduação e Pós-graduação em Gerontologia Grupo de Pesquisas Envelhecimento, Aparência e Significados

Escola de Artes, Ciências e Humanidades

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

Yokomizo, P., & Lopes, A. (2018). As mídias como agentes de educação informal no envelhecimento: pistas para investigação. Mídia E Cotidiano, 12(3), 293-311. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i3.13342