Aproximações entre infâncias, indígenas mulheres e feminismos no filme Tainá (2000)
DOI:
https://doi.org/10.22409/rmc.v17i3.54636Palavras-chave:
Cinema Infantil, Infâncias indígenas, Tainá, Feminismos e infânciasResumo
Este trabalho busca analisar o filme – Tainá: uma aventura na Amazônia, direção de Tânia Lamarco e Sérgio Bloch, 2000, que possui a primeira representação de uma criança do gênero feminino em papel ativo e proativo diante das nuances e desfechos da trama. A obra é analisada em seu contexto sociocultural e momento histórico e traz à tona as tensões que nesse contexto se apresentam. Por meio do levantamento teórico, apontamos algumas importantes transformações narrativas que reconfiguram o cinema e o audiovisual infantil brasileiro e, em especial, buscamos ressaltar a importante colaboração das pautas feministas para o avanço do campo dos estudos relacionados às crianças e às infâncias, bem como para as obras produzidas e endereçadas ao público infantil no Brasil.
Downloads
Referências
ALVAREZ, S. E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu, p. 13-56, 2014.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo – Tomos I e II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
BUTLER, J. Quadros de guerra – Quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
CODONHO, C. Aprendendo entre pares: a transmissão horizontal de saberes entre as crianças indígenas Galibi- Marworno. Dissertação de mestrado, UFSC, 2007.
COHN, C. A criança indígena: a concepção Xikrin de infância e aprendizado. São Paulo, p. 185, dissertação, USP, 2000.
COHN, Clarice. Concepções de infância e infâncias: um estado da arte da antropologia da criança no Brasil. Civitas-Revista de Ciências Sociais, v. 13, n. 2, p. 221-244, 2013.
DIAS, L. Reflexões em torno dos sentidos da infância em sociedades indígenas: uma revisão da literatura. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, n. 12, p 137-152, 2011.
FIEL, A. F. O. A tela encantada: infância e conteúdo infantil na TV do Brasil. Dissertação de Mestrado (Cinema e Audiovisual), Instituto de Artes e Comunicação Social: Universidade Federal Fluminense, 2019.
FIEL, A. F. O. Notas sobre o conteúdo audiovisual infantil e novas formas de se produzir para crianças. In: TEDESCO, M. C.; NET, M. B. (Org.). Outras pontes: abordagens e objetos emergentes no cinema e audiovisual. 1.ed. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2020, p. 203-224.
FIEL, A. F.; AM NCIO, T. História, Política e Narrativas Infantis: Entrevista Com Beth Carmona. Revista GEMInIS, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 173–188, 2021.
FINCO, D; GOBBI, M. A.; FARIA, A. L. G. Apresentação – Um olhar feminista para os direitos das crianças. Creche e feminismo: desafios atuais para uma educação descolonizadora. Campinas: Edições Leitura Crítica, p. 9-20, 2015.
FLEURY-TEIXEIRA, E.; MENEGHEL, S. N. (Orgs.). Dicionário feminino da infâmia – Acolhimento e diagnóstico das mulheres em situação de violência. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2015.
GARDIES, R.; TARANGER, M.-C. Télévision: Notion d’oeuvre, notion d’auteur. Paris: L’Harmattan, 2003.
JENKS, C. Constituindo a Criança. Educação, Sociedade & Culturas, n. 17, p.189-215, 2002.
KELLNER, D. A cultura da mídia - estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru: EDUSC, 2001.
LIEBERT, R. M.; SPRAFKIN, J. The early window: Effects of television on children and youth. Pergamon Press, 1988.
LLOBET, V. Políticas sociales y ciudadanía: Diálogos entre la teoría feminista y el campo de estudios de infancia. Frontera norte, v. 24, n. 48, p. 7-36, 2012.
LOPES, R. F. A Amazônia de Tainá: Uma análise sobre a reprodução de clichês culturais no Cinema Infanto-Juvenil. Espaço Ameríndio, v. 10, n. 1, p. 145, 2016.
MARCHI, R. C. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. Cadernos Pagu, p. 387-406, 2011.
MARCONDES, M. M.; FARAH, M. F. S.; SIERRA, I. P. D. Agenda feminista e serviços de cuidado infantil: Brasil, Argentina e Uruguai. Cadernos de Pesquisa, n. 50, p. 410-428, 2020.
MATTOS, S. História da Televisão Brasileira: uma visão econômica, social e política. Petropólis: Editora Vozes, 2002.
MELO, J. B. Lanterna Mágica: infância e cinema infantil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
MELODY, W. Children’ s television: the economics of exploitation. New Haven: Yale University Press, 1973.
NUNES, A. A Sociedade das Crianças Auwê-Xavante – por uma antropologia da criança. Dissertação de mestrado, USP, 1997.
NUNES, A. Brincando de ser criança: contribuições da etnologia indígena brasileira à antropologia da infância. Tese de Doutorado (Antropologia), Departamento de Antropologia, ISCTE, Lisboa, Portugal, 2003.
OLIVEIRA, M. V. Feminismo indígena – Mulheres indígenas: da invisibilidade à luta por direitos. In: HOLANDA, H. B. Explosão feminista. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 301-324.
PEREIRA, L. M. A socialização da criança kaiowá e guarani: formas de sociedade internas às comunidades e transformações históricas recentes no ambiente de vida. In: 34º Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu/MG, 2010.
POTIGUARA, E. Textos escolhidos – Coleção Tembeta. Rio de Janeiro: Beco do Azougue Editorial, 2019.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
TEDESCO, M. Trabalhadoras do cinema brasileiro: mulheres muito além da direção. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2021.
TELES, M. A. A. A participação feminista na luta por creches. In: FINCO, D. GOBBI, M. A.; FARIA, A. L. G. (Orgs.). Creche e feminismo: desafios atuais para uma educação descolonizadora. Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015.
ZOIA, A; PERIPOLLI, O. J. Infância indígena e outras infâncias. Espaço Ameríndio, v. 4, n. 2, p. 9-24, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).