La autorrepresentación indígena como política de identidades en lucha

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v16i2.53387

Palabras clave:

Autorrepresentación, pueblos indigenas, Política de identidad

Resumen

Desde la llegada de los portugueses a Brasil, en 1500, los pueblos originarios estuvieron representados por el sesgo eurocéntrico. Así fue en las cartas de los primeros exploradores enviados a la Corona, en los sermones de catequización, en las pinturas realizadas durante las expediciones que documentaron el territorio y, posteriormente, en libros, materiales didácticos, audiovisuales y periodísticos. El giro decolonial comienza a fines del siglo XX, cuando los indígenas brasileños comenzaron a registrar y publicar sus propias imágenes y narrativas. A través de la investigación teórica y la revisión bibliográfica, a partir de la perspectiva de los Estudios Culturales y Decoloniales, se desprende que la comunicación es el elemento central de las políticas identitarias indígenas y la autorrepresentación marca la ruptura con la imagen de lo indígena genérico, estereotipado y detenido en el tiempo, que consideramos una política de identidades en lucha.

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Biografía del autor/a

Monica Kaseker, Universidade Estadual de Londrina

Graduada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1991), com especialização em Planejamento e Gestão de Qualidade em Comunicação (1995), mestrado (2004) e doutorado (2010) em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná. Foi bolsista da Capes para estágio de doutoramento (bolsa sanduíche) na Universidad Autónoma Metropolitana (Xochimilco), na Cidade do México, em 2009. 

Adriana Nakamura Gallassi, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). 

Lucas Fernando Ribeiro, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

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Publicado

2022-05-27

Cómo citar

Kaseker, M., Nakamura Gallassi, A. ., & Ribeiro, L. F. (2022). La autorrepresentación indígena como política de identidades en lucha. Medios Y Cotidiano, 16(2), 63-86. https://doi.org/10.22409/rmc.v16i2.53387