TEORIAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, JACQUES RANCIÈRE E A “SUBJETIVAÇÃO POLÍTICA”: NOÇÕES DE AGÊNCIA, SUJEITO E POLÍTICA SOB A PERSPECTIVA ESTÉTICA DA “CENA DE DISSENSO”
##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:
https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i3.27111Mots-clés:
política, subjetivação, estética, cena de dissenso, movimentos sociaisRésumé
O presente artigo procura apresentar uma crítica às noções de agência, sujeito e política que edificam algumas teorias sociológicas de movimentos sociais a partir do conceito de “subjetivação política” de Jacques Rancière. Para tanto, a primeira parte do artigo apresenta uma revisão de importantes conceitos que norteiam algumas das teorias dos movimentos sociais de forma a identificar, em contraste com o pensamento de Jacques Rancière, pressupostos e modelos de sujeito que são tomados como dados ou necessários para a própria operacionalização das teorias supracitadas. Na segunda e última parte do artigo, apresentamos a descrição de uma “cena de dissenso”, tal como promovida pela luta antimanicomial de Minas Gerais. A partir desta cena, almejamos corporificar tanto a problematização teórica anteriormente realizada sobre movimentos sociais quanto os próprios conceitos de “dano”, “desentendimento” e “desidentificação” que sustentam o processo de “subjetivação política” de Rancièr.##plugins.generic.usageStats.downloads##
Références
ALEXANDER, C. J. Ação coletiva, cultura e sociedade civil - Secularização, atualização, inversão, revisão e deslocamento do modelo clássico dos movimentos sociais. RBCS, v. 13, n. 37, 1998.
ALONSO, A. As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. Lua Nova, , n. 76, p. 49–86, 2009.
AMARANTE, J. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica na Brasil. Rio de Janeiro, Fiocruz, 1995.
BARBOSA, G. C.; DA COSTA, T. G.; MORENO, V.., "Movimento da luta antimanicomial: trajetória, avanços e desafios". Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health”, 4,8:45-50, 2012.
BUTLER, J. Precarious Life. London: Verso, 2004.
BUTLER, J. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015a.
BUTLER, J. Notes toward a performative theory of assembly. Cambridge: Harvard University Press, 2015b.
CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
DE MESQUITA, J. F.; NOVELLINO, M. S. F.; CAVALCANTI, M. T.. "A Reforma Psiquiátrica no Brasil: Um novo olhar sobre o paradigma da Saúde Mental". Abepo, 1:9, 2010
GIDDENS, A. As consequências da modernidade. Oeiras: Celta Editora, 1992.
GOULART, M.; DURÃES, F. (2010), "A reforma e os hospitais psiquiátricos: histórias da desinstitucionalização". Revista Psicologia & Sociedade, 22,1:112-120
MELUCCI, A. A invenção do Presente. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
PELBART, P. P. Poder sobre a vida, potência da vida. Lugar Comum, n.17, 2002, p.33-43.
RANCIÈRE, J. Politics, Identification and Subjectivization. In: RAJCHMAN, John. The identity in question. NY: Routledge, 1995.
RANCIÈRE, J. O desentendimento: política e filosofia. Tradução Ângela Leite Lopes. São Paulo: Ed.34, 1996
RANCIÈRE, J. Literature, Politics, Aesthetics: Approaches to Democratic Disagreement. Interviewed by Solange Guénoun and James H. Kavanagh, Substance, n.92, p.3-24, 2000
RANCIÈRE, J. The politics of aesthetics: the distribution of the sensible. London: Continuum, 2004.
RANCIÈRE, J. Biopolítica ou política? Urdimento, Florianópolis (UDESC), v.1, n.15, p.75-90, 2010
TARROW, S. O poder em movimento. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
TILLY, C. Cycles of collective action: between moments of madness and the repertoire of contention. In: M. Traugott (Ed.); Repertoires and cycles of collective action. p.89–116, 1995. Durham, NC: Duke University Press.
TOURAINE, A.; KHOSROKHAVAR, F. A Busca de Si: Diálogo sobre o sujeito. Rio de Janeiro: Difel, 2004.
STUART, Heather. (2005), "Fighting stigma and discrimination is fighting for mental health". Canadian public policy, 31: 21-28.
VENANCIO, Ana Teresa A. (2012), "La asistencia psiquiátrica en la historia política brasileña”. Asclepio, 64.1: 167-188.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. (2001), The World Health Report 2001: Mental health: new understanding, new hope. World Health Organization.
##submission.downloads##
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).