Comunicação quilombola, resistência e proximidade na redução das desconexões no enfrentamento à pandemia
##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:
https://doi.org/10.22409/rmc.v16i3.54383Mots-clés:
Resistência, Comunicação, Comunidades quilombolas, Covid-19Résumé
Este artigo discute a articulação entre comunicação, resistência e luta pela sobrevivência das comunidades quilombolas na pandemia da Covid-19. Traz a análise de conteúdo das publicações no Instagram e das entrevistas com integrantes da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais (N’Golo). Os resultados apontam várias desconexões (digital, estradas, eletricidade) que dificultam a comunicação. Neste cenário, o WhatsApp aparece como elo entre organizações e comunidades. Destacam-se as estratégias de aproximação e a identificação da figura dos mediadores (donos dos celulares) no repasse das informações à população nos territórios quilombolas.
##plugins.generic.usageStats.downloads##
Références
ARRETCHE, M. A geografia digital no Brasil: um panorama das desigualdades regionaisregionais. In: Desigualdades digitais no espaço urbano: um estudo sobre o
acesso e o uso da Internet na cidade de São Paulo. São Paulo: Comitê Gestor da
Internet no Brasil, 2019.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo, ed. 70, 2011.
BARGAS, J. K. R. Quilombolas Do Pará e Mídias Digitais: sociabilidade, conflito e mobilização online nas lutas por reconhecimento. Tese (doutorado), Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM/UFMG), Belo Horizonte, MG, 2018.
BRASIL. Decreto n.6040/2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades dos Povos Tradicionais. 2007 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm Acesso em: 15 fev. 2022
BRASIL. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política do SUS. Ministério da Saúde, 3ª ed. Brasília, DF, 2017.
CALDWELL, K. L.; ARAÚJO, E. COVID-19 is deadlier for black Brazilians, a legacy of structural racism that dates back to slavery. The Conversation. 2020. Disponível em: <https://theconversation.com/covid-19-is-deadlier-for-black-brazilians-a-legacy-of-
structural-racism-that-dates-back-to-slavery-139430> Acesso em mar. 2021
CASAZZA, I. O acesso à água e os excluídos da prevenção à Covid-19. Disponível em:
http://www.coc.fiocruz.br/index.php/pt/todas-as-noticias/1789-o-acesso-a-agua-e-os-excluidos-da-prevencao-a-covid-19.html#.YRk40T2Sk2w . Acesso em: 02 mar. 2021
CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial. Estudos Feministas, 171, 2002.
CRISÓSTOMO, M; MELO, P. V.; TERSO, T. TICs, raça, mulheres e territórios: o podcast Ondas da Resistência como ocupação das plataformas digitais em uma perspectiva interseccional. Rev. Fronteiras – estudos midiáticos 24(1):37-51 janeiro/abril 2022.
CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. ADPF 742: voto favorável do relator não contempla todas as demandas da população quilombola manifestadas na ação. 19 de fevereiro de 2021. Nota disponível em: http://Conaq.org.br/noticias/adpf-742-em-julgamento/ Acesso em: 16 jun. 2021.
CETIC-BR – Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação. Inclusão, tecnologias e dinâmicas territoriais: uma análise das desigualdades digitais na cidade de São Paulo. In: Desigualdades digitais no espaço urbano: um estudo sobre o acesso e o uso da Internet na cidade de São Paulo. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2019.
DEALDINA, S. Mulheres Quilombolas: territórios de existências negras femininas. Sueli Carneiro, Jandaíra, São Paulo, 2020.
DOMÍNGUEZ, M. M. e NAVARRO, D. L. Usos del teléfono inteligente en el sector rural de México. In: O. Grillo et al. Tecnologías digitales: miradas críticas de la apropiación en América Latina. Buenos Aires-Montevideo: CLACSO-RIAT, 2019.
ESCOSTEGUY, A. C.; SIFUENTES, L.; BIANCHINI, A. Mulheres rurais e seus usos mediados das TICs: tensionamentos e permanências nas relações de gênero. Revista Intercom. 2017.
FADIGAS, A. B.M. Vulnerability factors of shellfisherwomen in the face of oil spill events: Na
analysis of the Prestige case. International Journal of Disaster Risk Reduction 24 (2017) 560–567 http://dx.doi.org/10.1016/j.ijdrr.2017.07.010
FERNANDES, S. L.; GALINDO, D. C. G.; VALENCIA, L. P. Identidade quilombola: atuações no cotidiano de mulheres quilombolas no Agreste de Alagoas. Rev. Psicologia em Estudo, v. 25, 2020.
FERREIRA, R. B. S.; CAMARGO, C. L. Vulnerabilidade da população negra brasileira frente à evolução da pandemia por COVID-19. Revista Cuidarte. 2021; 12(2). http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1322
GOMES, N. L. O movimento negro educador. Saberes construídos na luta por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
GOMES, N. L. A questão racial e o novo coronavírus (1–8). Ed. Friedrich-Ebert-Stiftung, Brasil. 2020.
GUIMARÃES, M. C. S.; NOVAES, S. C. Autonomia reduzida e vulnerabilidade: liberdade de decisão, diferença e desigualdade. Revista Bioética, v. 7, n. 1, 2009.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Base de Informações Geográficas e Estatísticas sobre os indígenas e quilombolas para enfrentamento à Covid-19. Rio de Janeiro, RJ, 2020. 17p.
IICA – Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura. Gênero e mulheres rurais no desenvolvimento agrícola e nos territórios rurais. 2020. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:X4L0yU2wbpgJ:repositorio.iica.in
t/bitstream/11324/7254/3/BVE19029518p.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-d Acesso em: 19 abr. 2022.
KWAMI, J. Gender, Entrepreneurship, and Informal Markets in Africa: Understanding how Ghanian Women Traders Self-Organize with Digital. In book: Comparative Case Studies on Entrepreneurship in Developed and Developing Countries. Chapter: Two. Publisher: IGI Global. Jan. 2015
LEAL, D.; LOPES, I.; ANDRADE, M. Cuando el gobierno informa mal: el covid-19 y el tratamiento temprano en Brasil. IN: Razon Y Palabra, VOL 25 N° 112 septiembre - diciembre 2021 https://doi.org/10.26807/rp.v25i112.185
LOPES, I. S. Ausência de raça e gênero no enfrentamento da pandemia no Brasil. Reciis – Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 294-300, abr./jun. 2021
LOPES, I.; LEAL, D. Entre a pandemia e o negacionismo: a comunicação de riscos da Covid-19 pelo governo brasileiro. Chasqui. Revista Latinoamericana de comunicación, v. 1, n. 145, p. 261–280, 2020.
NASCIMENTO, A. O quilombismo: Documentos de uma militância pan-africanista. Ed. Vozes, Petrópolis, 1980.
NOVO-CORTI, I.; CANDAMIO, L. V.; GARCÍA-ÁLVAREZ, M. Breaking the walls of social exclusion of women rural by means of ICTs: The case of ‘digital divides’ in Galician. I. Novo-Corti et al. / Computers in Human Behavior 30 (2014) 497–507, 2013.
PASTI, A. Território, comunicação ascendente e os meios alternativos, populares e comunitários na Argentina. Revista Eptic. v. 23, n. 2, Mai-Ago, 2021. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/eptic/article/view/13877/12087. Acesso em 15 fev.2022.
PEREIRA, A. A. “O mundo negro”: relações raciais e a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro. Pallas: FAPERJ, 2013.
PEREIRA, C. C. M.; SANTOS, J. O.; BARREIRA, M. I. J. S. Empoderamento das mulheres quilombolas: contribuições das práticas mediacionais desenvolvidas na ciência da informação. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 114-139, mai/ago. 2016 doi: http://dx.doi.org/10.19132/1808-5245222.114-139
PINTO, A. F. Imprensa negra no Brasil do século XIX. Brasília: Selo Negro Edições, 2010. ISBN: 978-85-87478-41-2
ROTONDI, V.; BILLARI, F.; PESANDO, L. M.; KASHYAP, R. Desigualdade digital de gênero na América Latina e Caribe. University of Oxford, 2020.
SANTOS, S. A. Educação. Um pensamento negro contemporâneo. Jundiaí: Paco Editorial, 2014.
SGOTI, S. M. A Comunicação Comunitária dos Quilombolas Carrapatos da Tabatinga: o diálogo como práxis da comunicação interpessoal e grupal. Dissertação (mestrado), Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, SP, 2016.
SILVA, A. B. Círculos de informações e novas dinâmicas do território brasileiro. In: XVI Encontro Nacional de Geógrafos, 2010, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre: AGB, 2010
STEVANIM, L. F.; MURTINHO, R. Direito à comunicação e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2021.
STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Supremo determina que Governo Federal elabore plano de combate à Covid-19 para população quilombola. 25 de fevereiro de 2021. Nota disponível em: http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=461129&tip=UN Acesso em: 15 jun. 2021.
TEIXEIRA, J. C. Brazilian housemaids and COVID‐19: How can they isolate if domestic work stems from racism? Gender Work Organ.; 28 (S1): 698– 707. 2021. https://doi.org/10.1111/gwao.12536
TEMER, A. C. R. P.; NERY, V. C. A. Para entender as teoras da comunicação. Uberlândia: Asppectus, 2004.
VENTURA, D. F. L.; BUENO F. T. De líder a paria de la salud global: Brasil como laboratorio
del “neoliberalismo epidemiológico” ante la Covid-19. Foro Internacional. Vol. LXI, 2 (244).
##submission.downloads##
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
