O jornalismo no bardo televisivo: o protagonismo da imprensa em Anos Rebeldes

Autori

  • Marcello Mattos de Carvalho PUC-Campinas
  • Carlos Alberto Zanotti PUC-Campinas

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v17i3.56029

Parole chiave:

Anos Rebeldes, minissérie, jornalismo, golpe de 64, ditadura

Abstract

Este trabalho procura revisitar a minissérie Anos Rebeldes, levada ao ar em 1992 pela Rede Globo de Televisão, buscando nela salientar o papel desempenhado pelo jornalismo no registro de um período ainda negado em sua magnitude e violência por uma parcela da sociedade brasileira contemporânea. Em larga medida, essa falsificação histórica atende aos interesses de grupos conservadores e de extrema direita que disputam o poder e desejam agir à margem do chamado Estado de Direito, fundamental à ordem democrática. Para tanto, adota-se aqui a pesquisa bibliográfica e documental, bem como a Análise de Conteúdo dos 20 episódios da produção. Pode-se concluir que o jornalismo desempenha um papel de protagonismo institucional na minissérie, fornecendo o cenário no qual se desenrola o melodrama concebido por Gilberto Braga.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Marcello Mattos de Carvalho, PUC-Campinas

Jornalista e mestre pelo PPG em Linguagens, Mídia e Arte, da PUC-Campinas.

Carlos Alberto Zanotti, PUC-Campinas

Jornalista, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), professor e pesquisador da Faculdade de Jornalismo e do PPG em Linguagens, Mídia e Arte, da PUC-Campinas.

Riferimenti bibliografici

ABRAMO, Cláudio. As Regras do Jogo – O Jornalismo e a Ética do Marceneiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

AMBRÓSIO, Milanna Carvalho; GAVIRATTI, Vitor Franco; SIQUEIRA, Graciene Silva de. Cinema e Jornalismo: Uma Análise da Representação da Prática Jornalística em Filmes. 40º CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, Curitiba (PR), 04 a 09 set. 2017.

BERGAMO, Alexandre. Imitação da ordem: as pesquisas sobre televisão no Brasil. Tempo Social: Revista de Sociologia, Universidade de São Paulo, v. 18, n. 1, p. 303-328, 2005.

BUONANNO, Milly. El drama televisivo. Barcelona: Gedisa, 1999.

CASETTI, Francesco. DI CHIO, Federico. Análisis de la televisión: instrumentos, métodos y practicas de investigacion. Barcelona, Espanha: Espasa Libros, 1999.

CRESQUI, Candice. História e ficção na construção de narrativas ficcionais: o caso da minissérie Anos Rebeldes. In: XXXII CONGRESSO BRASILEIR O DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 2009, Curitiba (PR). Resumos… Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/resumos/R4-2358-1.pdf

FISKE, John. Television Culture. London and New York: Methuen, 1987.

FRANCO, Maria Laura P. B. Análise de conteúdo. 4. ed. Brasília: Líber Livro, 2012.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

GROTH, Otto. O poder cultural desconhecido: fundamento das ciências dos jornais. Col. Clássicos da Comunicação Social. São Paulo: Vozes, 2011.

HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televisão e as novelas no cotidiano. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz (org.). História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo, Companhia das Letras, p. 439-487, 1998.

HAMBURGUER, Esther. Telenovelas e interpretações do Brasil. Lua Nova: São Paulo, 82: p. 61-86, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n82/a04n82.pdf. Acesso em: 10 mai. 2021.

KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do jornalimo: O que os jornalistas devem saber e o público exigir. São Paulo: Geração Editorial, 2003.

KORNIS, Mônica Almeida. As “revelações” do melodrama, a Rede Globo e a construção de uma memória do regime militar. O caso da Rede Globo. Significação – Revista de Cultura Audiovisual, v. 36, p. 173-193, 2011. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/70947/73854 . Acesso em 8 abr. 2021

KORNIS, Mônica Almeida. Televisão, história e sociedade: trajetórias de pesquisa. Rio de Janeiro: CPDOC, 2007. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6761/1743.pdf?sequence= 1&isAllowed=y. Acesso em: 10 abr. 2021

KUNCZIK, Michael. Conceitos de jornalismo: Norte e Sul. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1997

LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica da entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2001.

LIMA, Mariana Marques de; NÉIA, Lucas Martins. Da Telenovela à Supersérie: Novas Prospecções. Quanto ao Horário das 23h da Globo. In: 40º CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 2017, Curitiba (PR).

LUHMANN, N. A realidade dos meios de comunicação. Trad.: Ciro Marcondes Filho. São Paulo: Paulus, 2005.

BARDO. Dicionário Michaelis Online. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/palavra/9dpe/bardo-2/ . Acesso em: 15 abr. 2021.

PEREIRA JUNIOR, Alfredo E. Vizeu. Jornalismo e Representações Sociais: algumas considerações. Revista Famecos, v. 13, n. 30, Porto Alegre (RS), ago. 2006.

REILY, Suze Ana. A música e a prática da memória. Uma abordagem etnomusicológica, 2004.

SALLES, João Moreira. A dificuldade do documentário. In: 28º ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS (ANPOCS), 2004. Caxambu (MG).

SENRA, Stella. O último jornalista: imagens de cinema. São Paulo: Estação Liberdade, 1997.

SIRKYS, Alfredo. Os carbonários. São Paulo: Record, 1998.

SOUSA, Jorge Pedro. Teorias da notícia e do jornalismo. Chapecó (RS): Argos, 2002.

VENTURA, Zuenir. 1968: O ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

VEYNE, Paul. Como se escreve a História. Lisboa: Edições 70, 2008.

WOLTON, Dominique. Elogio do grande público: Uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Ática, 1996.

WOLTON, Dominique. Pensar a Comunicação. São Paulo: Ática, 2004.

##submission.downloads##

Pubblicato

2023-09-28

Come citare

Mattos de Carvalho, M. ., & Zanotti, C. A. (2023). O jornalismo no bardo televisivo: o protagonismo da imprensa em Anos Rebeldes. Mídia E Cotidiano, 17(3), 212-231. https://doi.org/10.22409/rmc.v17i3.56029