O “cubanito” suspeito: a pornografia gay como ferramenta de problematização da realidade social e cultural
DOI:
https://doi.org/10.22409/ppgmc.v8i8.9774Palavras-chave:
Mídia, Imaginário, Memória, Subjetividade, PornografiaResumo
Este artigo tem por objetivo, a partir da análise do discurso do filme pornô gay estadunidense “O náufrago com sorte”, compreender como os processos de conotação e denotação (MACHADO, 2007) das narrativas do pornô podem ser úteis para entender o produto midiático pornográfico como um mecanismo de reiteração e subversão de discursos normativos sobre gênero, sexualidade, raça e nacionalidade. Para tanto, o trabalho toma como base fundamental para seu desenvolvimento a teoria da estruturação de Giddens (2003), as teses de Bourdieu (2007) sobre o gosto em A Distinção e às propriedades formais dos signos apresentadas por Santaella (2004) a fim de mostrar como a mídia articula e/ou desarticula a complexidade das verdades culturais e sociais produzidas por memórias geradas e geradoras pelo/do imaginário cultural, o qual, por sua vez, procura conformar a fixidez dos corpos em determinados papéis sociais.
Downloads
Referências
ABREU, Nuno Cesar. O olhar pornô: A representação do obsceno no cinema e no vídeo. Campinas, Mercado de Letras, 1996.
AUGUSTO, Sérgio. Este mundo é um pandeiro. São Paulo, Companhia das Letras, 1989.
BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: EDUSP; Porto Alegre: Zouk, 2007.
BUTLER, Judith. Corpos que pensam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Horizonte, Autêntica, 2007;
DUERR, Hans Peter. Nudez e pudor: o mito do processo civilizacional. Editorial Notícias, Lisboa, 2002.
ELIAS, Norbert. Teoria simbólica. Oeiras: Celta, 1994.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
GIDDENS, Antony. A constituição da sociedade, São Paulo: Martins Fontes, 2009.
LANDOWSKI, Eric. Presenças do outro. Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.
LE BRETON, David. A sociologia do corpo. Petrópolis, Editora Vozes, 2ª Ed., 2007;
__________. Antropologia do corpo e modernidade. Petrópolis, Rio de Janeiro, 2012.
LOBO, João. O essencial é invisível. Ideia/Forma, Lisboa, 2009.
LEITE, Jorge Jr. Das maravilhas e prodígios sexuais: a pornografia “bizarra” como entretenimento. São Paulo: Annablume, 2006.
__________. A pornografia “bizarra” em três variações: a escatologia, o sexo com cigarros e o “abuso facial”. (in) DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira; FÍGARI, Carlos Eduardo. Prazeres dissidentes. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.
MACHADO, Arlindo. O sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo, Paulus, 2007.
RATTS, Júnior. O corpo-pornô: reflexões sobre seus desdobramentos sociais e culturais. (in) Revista Polêmica, v.15, n.3, dez. 2015. Disponível em < http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/issue/view/1121>. Acesso em 15 de fevereiro de 2016.
RATTS, Júnior. Enunciados sobre um corpo-pornô negro e deficiente: o diferente que subverte ou a diferença que reproduz discursos normativos?. (in) Revista Periodicus – Revista em Estudos Indicisplinares em Gêneros e Sexualidade, v.1, n.4, jan. 2016. Disponível em < http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/issue/view/1206>. Acesso em 15 de fevereiro de 2016.
SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,jul./dez. 1995.
SIMMEL, Georg. Questões fundamentais da sociologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).