Geradores sensíveis, relações interpessoais e democracia: experiências de cinema com adolescentes no sistema socioeducativo

Autores

  • Júlio Figueroa Universidade Federal de Minas Gerais
  • Luciana Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais.

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v13i3.38095

Palavras-chave:

Cinema, Educação, Sistema Socioeducativo, Democracia

Resumo

No artigo apresentamos um experimento de pesquisa empírica que coloca em relação cinema e educação no contexto de adolescentes que, de diferentes formas, estão no sistema socioeducativo brasileiro. A partir de uma visada construtivista da política como lócus do dissensual e da invenção da igualdade bem como da reivindicação ao direito da imagem de povos e pessoas subalternizados, a pesquisa buscou constituir um espaço dialógico em torno da exibição de filmes não-convencionais, avessos às formas mais codificadas da cultura massiva.  Em face disso, interrogamos de que modo o aparato sensível do cinema pode abrir espaço dialógico para a expressão de si dos adolescentes — a transformação do silêncio em linguagem — imaginando que modos de subjetivação e interação mais abertos e autônomos são premissas de suma importância para a experiência democrática.

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Biografia do Autor

Júlio Figueroa, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará. Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. Doutorando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Luciana Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais.

Professora do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2019-12-05

Como Citar

Figueroa, J., & Oliveira, L. (2019). Geradores sensíveis, relações interpessoais e democracia: experiências de cinema com adolescentes no sistema socioeducativo. Mídia E Cotidiano, 13(3), 24-44. https://doi.org/10.22409/rmc.v13i3.38095