Feitos da bolha: conservadorismo e militância digital no caso Queermuseu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v14i3.43158

Palavras-chave:

Queermuseu, Movimento Brasil Livre, Controvérsia

Resumo

O artigo aborda como o financiamento e a circulação de produções artísticas se apresentam como pauta de interesse para militantes conservadores no contexto recente, analisando as táticas de intimidação adotadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL) no caso da exposição Queermuseu. Argumentamos que a capacidade de mobilização do grupo se apoia em uma economia da informação que hiperpolitiza a sociabilidade on-line, e estipula regimes de legitimidade para a constituição e a participação em uma polêmica.

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Biografias Autor

Leandro de Paula, Universidade Federal da Bahia

Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Professor Adjunto I do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Pós-Cultura/UFBA).

João Domingues, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Adjunto IV do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades (PPCult/UFF).

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Publicado

2020-09-05

Como Citar

de Paula, L., & Domingues, J. (2020). Feitos da bolha: conservadorismo e militância digital no caso Queermuseu. Mídia E Cotidiano, 14(3), 76-96. https://doi.org/10.22409/rmc.v14i3.43158