Iniciativas Coletivas Pró-diversidade e o potencial de transformação nas identidades representadas pela publicidade brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v16i2.53390

Palavras-chave:

Publicidade e propaganda, campo publicitário, práticas de contestação, práticas de produção publicitária, identidade

Resumo

Em articulação com as forças econômicas, políticas e culturais, a publicidade pode reforçar e transformar a identidade brasileira por meio de representações midiáticas e do diálogo com atores do mundo social. O artigo tem objetivo de discutir o potencial de Iniciativas Coletivas Pró-Diversidade em estimular transformações nos modos como o sistema complexo formado pelo campo publicitário brasileiro se articula com requisições de grupos sociais minoritários pelo aumento da valorização e visibilidade das suas identidades. A partir de análise documental e discussão teórica sobre as Iniciativas, a pesquisa discute caminhos para mudanças do campo publicitário como um sistema complexo e identifica a crítica do público e a atuação dos produtores publicitários como potenciais agentes de transformação da publicidade.

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Biografia do Autor

Cristiane Mafacioli Carvalho, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Professora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGCOM/PUCRS). Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004). 

Enéias Brum, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Professor da Escola de Comunicação, Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FAMECOS/PUCRS), doutorando em Comunicação Social na PUCRS. Mestre em Comunicação pela UFRGS (2021). 

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Publicado

2022-05-27

Como Citar

Mafacioli Carvalho, C., & Brum, E. (2022). Iniciativas Coletivas Pró-diversidade e o potencial de transformação nas identidades representadas pela publicidade brasileira. Mídia E Cotidiano, 16(2), 87-107. https://doi.org/10.22409/rmc.v16i2.53390