O limiar da piscina: uma análise do filme "Que horas ela volta?" em diálogo com o imaginário sobre a desigualdade social brasileira
DOI:
https://doi.org/10.22409/rmc.v16i3.53398Palavras-chave:
Que horas ela volta?, Desigualdade social, Imagem dialéticaResumo
Neste trabalho realizamos uma análise do filme Que horas ela volta? (MUYLAERT, 2015) com ênfase na figura da piscina e em sua simbologia na narrativa da obra, por meio do referencial teórico de autores vinculados ao estudo da imagem e da arte. Tomamos como ponto de partida a compreensão do cinema como um registro documental de seu tempo, que nos permite refletir sobre o mundo que retrata em uma perspectiva histórica. A partir desse paradigma inicial conduzido pela teoria de Kracauer (1960) e por reflexões pregressas de Schopenhauer (2014), traçamos paralelos entre a figura da piscina presente no filme e o conceito de imagem dialética — derivado da leitura de Didi-Huberman (1998) — diante da trama de relações entre as personagens e o seu contexto político e social no imaginário brasileiro.
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