Os testemunhos na cobertura de um desastre socioambiental: papéis e potências para uma nova sensibilidade
DOI:
https://doi.org/10.22409/rmc.v18i3.63206Palavras-chave:
Desastres socioambientais, Cobertura jornalística de desastres, Atores sociais e sensibilização ambiental, Potenciais do uso de testemunhosResumo
Analisamos a cobertura do desastre após a passagem de um ciclone extratropical e enchente no município de Muçum (RS), ocorridos em setembro de 2023, nos jornais Zero Hora e Correio do Povo, com o objetivo de compreender como as fontes jornalísticas foram convocadas e, especialmente, como foram configuradas as fontes testemunhais. A partir do enfoque relacional da comunicação, verificamos o acionamento destes testemunhos, enfocando a análise nas perspectivas morais utilizadas na narrativa dos testemunhos dos afetados, nos questionando sobre a ética envolvida e sobre a geração de uma maior sensibilidade socioambiental sobre o ocorrido. Quanto ao uso das fontes não testemunhais, Zero Hora priorizou as de cunho militar, enquanto o Correio do Povo deu mais visibilidade às de cunho político. Entre os resultados, destacamos que ambos os jornais lançaram mão de testemunhos de forma similar, buscado uma maior aproximação com o público sobretudo pela via da emoção.
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