NARRATIVAS DO RURAL BRASILEIRO NA OBRA TELEFICCIONAL DE BENEDITO RUY BARBOSA: territórios do imaginário do desejo e dos conflitos pela terra
DOI:
https://doi.org/10.22409/ppgmc.v11i2.9827Resumo
O artigo visa identificar, analisar e interpretar o conjunto das representações sociais e do imaginário rural constituintes de parte relevante da obra de Benedito Ruy Barbosa, no contexto da teleficção seriada brasileira, apontando para o papel articulador desses elementos na informação, na educação, na rememoração e no incentivo à discussão popular das temáticas postas em circulação, assim como na construção e na apropriação de sentidos sociais pelas audiências e pela sociedade em geral, a partir dos conteúdos com temática agrária oferecidos por esse produto cultural televisivo.
Downloads
Referências
ANDERSON, B. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
BACCEGA, M. A. Consumindo e vivendo a vida: telenovela, consumo e seus discursos. In: LOPES, M. I. V. de (Org.). Ficção televisiva transmidiática no Brasil: plataformas, convergências, comunidades virtuais. Porto Alegre: Sulina, 2011.
____. Narrativa ficcional de televisão: encontro com temas sociais, Comunicação & Educação, São Paulo, n.26, p.7-16, 2003.
____. Palavra e discurso. História e literatura. São Paulo: Editora Ática, 1995.
____.Recepção: nova perspectiva nos estudos da comunicação. Comunicação & Educação, São Paulo, n.12, São Paulo, p.7-16. mai./ago. 1998.
____. Ressignificação e atualização das categorias de análise da “ficção impressa” como um dos caminhos de estudo da narrativa teleficcional. In: BACCEGA, M. A.; OROFINO, M. I. R. (Orgs.). Consumindo e vivendo a vida: telenovela, consumo e seus discursos. São Paulo: PPGCOM ESPM, Intermeios, 2013. p. 27-48.
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
____. (VOLOCHINOV). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1992.
BALOGH, A. M. Minisséries: temos novidades no front. In: DUARTE, E. B.; CASTRO, M. L. D. (Orgs.). Televisão: entre o mercado e a academia. Porto Alegre: Sulina, 2006. p. 91-100.
CASTORIADIS, C. A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
EAGLETON, T. A ideologia da estética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília: Editora UnB. Brasília, 2001.
FISKE, J. Television culture. London and New York: Methuen, 1987.
GREGOLIN, M. R. Análise do discurso e mídia: a (re)produção de identidades, Comunicação, mídia e consumo, São Paulo, ESPM, v.4, n.11, p.11-25, nov.2007.
____; BARONAS, R. (Org.). Análise do discurso: as materialidades do sentido. 2. ed. São Carlos, SP: Editora Claraluz, 2003.
JUNQUEIRA, A. H. “Eu vi um Brasil na TV: imaginário e representação do rural na primeira fase da telenovela “Velho Chico”; Anais do Comunicon 2016, ESPM, São Paulo, 2016a.
____. Imaginário e memória na tessitura narrativa da telenovela “Velho Chico”: as mediações do cotidiano, Anais XXXIX Intercom – Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, São Paulo, 2016b.
____. BACCEGA, M. A. “Velho Chico”: narrar para audiências desatentas, Comunicação & Educação, ano XXII, n.1, p. 75-83, jan./jun.2017.
LOPES, M. I. V.. Estratégias metodológicas da pesquisa de recepção. Intercom Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, v. XVI, n.2, p.78-86, jul./dez.1993
____. O conceito de identidade coletiva em tempo de globalização. In CAPPARELLI, S.; SODRÉ, M. e SQUIRRA, S. (Orgs.). A Comunicação revisitada - Livro da XIII Compós. Porto Alegre: Sulina 2004a. p. 217-232.
____. Recepção dos meios, classes, poder e estrutura. Comunicação e Sociedade, São Bernardo do Campo: IMES, ano 13, n.23, p. 99-110.jun. 1995.
____. Telenovela brasileira: uma narrativa sobre a nação, Comunicação & Educação, São Paulo, ECA/USP, ano IX, n.26, p. 17-34. jan./abr.2003.
____. Telenovela como recurso comunicativo, MATRIZes, ano 3, n.1, p. 21-47, ago./dez. 2009,
____. Telenovela: internacionalização e interculturalidade. São Paulo: Loyola, 2004b.
____; BORELLI, Silvia; REZENDE, Vera. Vivendo com a telenovela. Mediações, recepção, ficcionalidade. São Paulo: Summus, 2002.
____; GÓMEZ, G. O. Síntese comparativa dos países Obitel em 2012. In: LOPES, M. I.V.; GÓMEZ, G. O. Memória social e ficção televisiva em países ibero-americanos. Anuário Obitel 2013. Porto Alegre: Sulina, 2013.
LA PLANTINE, F.; TRINDADE, L. O que é imaginário. São Paulo: Brasiliense: 2003.
LOBATO, Monteiro. Mister Slang e o Brasil e Problema vital. São Paulo: Brasiliense, 1964.
____. Urupês. São Paulo: Brasiliense, 1947.
MOTTER, M. L. A telenovela: documento histórico e lugar de memória, Revista USP, n.48, São Paulo, USP, CCS, p. 74-87, 2001.
____. Telenovela e educação: um processo interativo, Comunicação & Educação, São Paulo, v. 17, n.1, p. 54-60, jan-abr, 2000.
NASSAR, R. Lavoura arcaica. São Paulo: Companhia das Letras, 1975.
NEWCOMB, H. La televisione: da forum a biblioteca. Milão: Sansoni, 1999.
ORLANDI, E. P. No movimento dos sentidos. 6 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.
____. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 7ª ed. Campinas, SP: Pontes, 2003.
____. Terra à vista: discursos do confronto: velho e novo mundo. São Paulo: Cortez; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1990.
ORTIZ, R.; BORELLI, S. H. S.; RAMOS, J. M. O. Telenovela: história e produção. São Paulo: Brasiliense, 1991.
SILVA, J.M. Diferença e descobrimento.O que é imaginário? A hipótese do excedente de significação. Porto Alegre: Sulina, 2017.
SILVERSTONE, R. Let us return to the murmuring of everyday practices: a note on Michel de Certeau, televisiona and everyday life, Theory, Culture and Society, v.6, p.77-94. fev. 1989.
SOUZA, Maria Carmem Jacob de. Telenovela e representação social: Benedito Ruy Barbosa e a representação do popular na telenovela Renascer. Rio de Janeiro: E-papers, 2004.
THOMASSEAU, J.M. O melodrama. São Paulo: Perspectiva, 2005.
TOLENTINO, C. A. F. O rural no cinema brasileiro. São Paulo: Editora Unesp, 2001.
VOLTAIRE. Cândido ou o otimismo. São Paulo: Editora 34, 2013.
WEIL, S. A condição operária e outros estudos sobre a opressão. BOSI, E. (Org.). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
____. A gravidade e a graça. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
##submission.downloads##
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).