Por que o aumento da produtividade não permite menores jornadas de trabalho? Uma análise a partir de O capital de Marx

Autores

  • Sávio Freitas Universidade Federal Fluminense
  • Luísa Barcellos Zaniboni

Palavras-chave:

produtividade, jornada de trabalho, necessidades do capital

Resumo

O estudo propõe uma análise marxista das relações trabalhistas, fazendo comparativos entre a evolução das forças produtivas e os impactos da tecnologia sobre a produção, ou seja, a relação entre a produtividade do trabalho e o volume de trabalho no capitalismo contemporâneo. O aumento da inovação tecnológica deveria promover melhores condições aos trabalhadores, substituindo, sempre que possível, o trabalho humano pelo maquinário inventado, buscando melhorar assim a qualidade de vida. Porém, não é o que se observa: mesmo com a substituição do trabalho humano por máquinas em inúmeros processos produtivos, o que levou a uma redução relativa da força de trabalho industrial, esses postos de trabalho foram recriados em diversas funções que não atendem necessidades humanas, como um batalhão de vendedores e de trabalhadores em setores gerenciais.

 

PURL: http://purl.oclc.org/r.ml/v3n1/a7

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Referências

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Publicado

2017-10-17

Como Citar

Freitas, S., & Zaniboni, L. B. (2017). Por que o aumento da produtividade não permite menores jornadas de trabalho? Uma análise a partir de O capital de Marx. Mundo Livre: Revista Multidisciplinar, 3(1), 101-114. Recuperado de https://periodicos.uff.br/mundolivre/article/view/39939

Edição

Seção

Temas Livres