Heteronormatividade em uma escola de Campos dos Goytacazes
reflexões sobre o silenciamento do debate sobre gênero
Palavras-chave:
Gênero; Escola; Antropologia da Educação.Resumo
O presente artigo tem como objetivo entender como se dão as relações de gênero dentro da escola, principalmente observando como a instituição lida com o comportamento dos alunos em relação ao “feminino” e “masculino” e como o assunto é tratado pela instituição. Para efetuar a pesquisa, foi realizada uma observação participante em uma escola estadual localizada no centro do município de Campos dos Goytacazes – RJ. Sendo feitas, ainda, algumas entrevistas etnográficas com professores, alunos e integrantes do projeto Mulheres Apoiando a Educação. Com isso, são desveladas questões envolvendo o silenciamento de debates acerca das temáticas de gênero, homogeneização de comportamentos por parte da escola e movimentos conservadores que interferem na educação.
Downloads
Referências
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo: fatos e mitos. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.
CARVALHO, M. P. Mau aluno, boa aluna? Como as professoras avaliam meninos e meninas. Estudos Feministas, Florianópolis, vol. 9, n. 2, 2001. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2001000200013 . Acesso em: 21 de jul. de 2022
Escola Sem Partido. Disponível: http://www.escolasempartido.org/quem-somos /. Acesso em: 18 de mar. de 2023.
ESTEVES, P; PULCINO, R. Cenas Escolares Entre a Negação da Diferença e a Disciplinarização dos Corpos: Uma Análise Foucaultiana das Relações Escolares. Revista Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 983-1001, 2021. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/63443 . Acesso em: 10 de dez. de 2022.
GUERRERO, A. L. & MILSTEIN, D. Introducción al dossier Etnografía y educación: estudios colaborativos con niños, niñas y jóvenes. Magis, Revista Internacional de Investigación en Educación, n. 13, p. 1–12, jul./dez. 2020. Disponível em: https://revistas.javeriana.edu.co/index.php/MAGIS/article/view/31214 . Acesso em: 14 de nov. de 2022.
GUERRERO, A. L. & MILSTEIN, D. Lecturas de etnografías colaborativas con niñas, niños y jóvenes en contextos educativos latinoamericanos. Magis, Revista Internacional de Investigación en Educación, n. 14, p. 1-33, 2021. Disponível em: https://revistas.javeriana.edu.co/index.php/MAGIS/article/view/31778 . Acesso em: 14 de nov. de 2022.
LAPASSADE, Georges. La méthode ethnographique (observation participante et ethnographie de l'école), 1992. Disponível em: http://vadeker.net/corpus/lapassade/ethngrso.htm . Acesso em: 01 de dez. de 2022.
LIMA, Rodrigo da Costa. Sociologia Pública e o ensino de sociologia: reflexões sobre o contexto pós-reforma do Ensino Médio. Revista Brasileira do Ensino Médio, Pernambuco, v. 3, p. 143-155, 2020. Disponível em: https://www.phprbraem.com.br/ojs/index.php/RBRAEM/article/view/66 . Acesso em: 12 de dez. de 2022.
LOURO, G. L. Currículo, gênero e sexualidade – o “normal”, o “diferente” e o “excêntrico”. In: LOURO, G.L.; NECKEL, J.F. & GOELLNER, S.V. (Org.). Corpo, Gênero e Sexualidade. Petrópolis: Vozes, 2003.
M.A.E - Projeto ECO. Disponível em: https://www.projetoeco.uerj.br/m-a-e/. Acesso em: 24 de nov. de 2022.
MAIA, B.; MIRANDA, A. P. M. Olhares, xingamentos e agressões físicas: a presença e a (in)visibilidade de conflitos referentes às relações de gênero em escolas públicas do Rio de Janeiro. Horizontes Antropológicos, v. 23, p. 177-202, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/mXvMy96WH7CksQJ7KkJLq6b/abstract/?lang=pt . Acesso em: 28 de jun. de 2022.
MEAD. M. Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva, 1969.
PEREIRA, A. B. Do controverso “chão da escola” às controvérsias da Etnografia: Aproximações entre Antropologia e Educação. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 23, n. 49, p. 149-176, set./dez. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/W9zgrV5qYHM5qgYqSbWZZLf/?lang=pt&format=pdf . Acesso em: 25 de nov. de 2022.
POLIDORO, J. Z; SENKEVICS, A. S. Corpo, gênero e ciência: na interface entre biologia e sociedade. Revista da Biologia, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 16-21, 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revbiologia/article/view/108728 . Acesso em: 03 de mai. de 2022.
RIBEIRO, J. S. B. Brincadeiras de meninas e de meninos: socialização, sexualidade e gênero entre crianças e a construção social das diferenças. Cadernos Pagu, São Paulo, v. 26, p 145-168, jan-jun, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cpa/a/j3HmdLQJnCGWbjq8YrJDcpf/abstract/?lang=pt . Acesso em: 10 de dez. de 2022.
ROSISTOLATO, R. P. R. Orientação sexual com ‘jeitinho’ brasileiro: uma análise antropológica da intervenção escolar na socialização afetivo-sexual dos adolescentes. 208 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.
SACAVINO, S. Educação para a paz e a não-violência: formação em serviço de professores/as. In: SACAVINO, S. CANDAU, V. M. (Org). Educação em Direitos Humanos – Temas, questões e propostas. 2008, p. 119-130.
URIARTE, U. M. O que é fazer etnografia para os antropólogos. Ponto Urbe, São Paulo, n. 11, dez. 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/pontourbe/300. Acesso em: 23 de nov. de 2022.
VENTURIM, C. D. Gênero, Sexualidade e Formação Docente: Uma Reflexão Sobre a Escola e as Violências de Gênero. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação e Mestrado Profissional em Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2022. Disponível em: https://sappg.ufes.br/tese_drupal//tese_16472_01%20Versao%20final%20da%20dissertacao_525_3720220823-151643.pdf . Acesso em: 06 de set. de 2022.
