Ficção e realidade na Arquitetura Radical Italiana
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.1931.39-60Palavras-chave:
utopia, ficção, Archizzom, Superstudio, pós-modernoResumo
O seguinte ensaio propõe uma leitura dos projetos utópicos produzidos no final dos anos 1960 por dois grupos da chamada arquitetura radical italiana: Archizoom e Superstudio. A sua produção envolveu projetos que nunca quiseram sair do papel ou configurar visões de um futuro alarmante. O objetivo era, por um lado, provocar uma reflexão crítica sobre o fracasso dos ideais da arquitetura e do urbanismo moderno e, por outro, estabelecer uma relação irônica com uma sociedade demasiado confiante nas virtudes do consumo e da tecnologia. Seus projetos, muitas vezes considerados como fantasias tecnológicas ou meros exercícios gráficos, tiveram uma inesperada repercussão na crítica arquitetônica dos anos 1970. Nosso objetivo é decodificar as intenções presentes das produções utópicas de Archizoom e Super-studio assim como entender qual foi a sua repercussão, através de uma análise critica de dois projetos: No-Stop City (1968-1972) do grupo Archizoom e Monumento Continuo (1969- 1970) do grupo Superstudio.
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